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Governo sírio afirma que tomará as áreas curdas por acordo ou pela força

18/03/2019 14h00

Damasco, 18 mar (EFE).- O governo da Síria recuperará as áreas que estão sob o controle das milícias curdas apoiadas pelos Estados Unidos por meio de acordos de "reconciliação" ou pela força, advertiu nesta segunda-feira o ministro da Defesa, Alemad Ayub.

O ministro assegurou, em entrevista coletiva junto aos seus homólogos do Iraque e do Irã, que as autoridades de Damasco restabelecerão seu controle sobre "cada centímetro" da geografia síria, incluindo o terreno sob domínio das Forças da Síria Democrática (FSD), aliança liderada pelos curdos.

"Os EUA e outros sairão da Síria. A carta que resta às forças americanas é as FSD e trataremos com eles ou mediante reconciliações ou pela libertação do terreno", disse o ministro.

Washington apoia às FSD com cerca de 2.000 soldados na campanha militar contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), que está perto de terminar, mas o presidente Donald Trump anunciou em dezembro do ano passado sua intenção de retirar as tropas do país de forma imediata.

As FSD controlam cerca de um terço do território sírio, no triângulo formado pelas fronteiras da Turquia e do Iraque e pelo rio Eufrates, depois de ter expulsado o EI dessas regiões em uma ofensiva iniciada no final de 2014.

Atualmente, estas milícias cercam o EI em Al Baghuz, a última cidade controlada pelo grupo jihadista na Síria, situada perto da fronteira iraquiana.

Na entrevista coletiva, Ayub reiterou que o exército sírio trata como forças "de ocupação ilegal" as tropas estrangeiras que estão presentes no seu território sem um convite de Damasco.

Neste sentido, alertou que o exército sírio tem "força" para expulsar as tropas dos Estados Unidos de Al Tanf, uma zona desértica e remota perto da fronteira da Jordânia e do Iraque, onde se situa o campo de deslocados de Rukban, no qual permanecem cerca de 41.000 pessoas em uma situação precária.

Além disso, Ayub garantiu que Damasco pretende recuperar a região de Idlib (norte), que é o último reduto dos rebeldes, seja mediante acordos de "reconciliação" ou pela força.

"A nossa opção é viver como sírios juntos para sempre, em consonância com a nossa vontade e não a vontade de outros", acrescentou. EFE

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