Juiz autoriza ação contra construção do museu de Barack Obama em Chicago
Chicago, 19 fev (EFE).- Um juiz federal autorizou nesta terça-feira um processo movido por ambientalistas contra a construção, no sul de Chicago, da biblioteca e museu que lembrará os dois mandatos presidenciais de Barack Obama.
O juiz John Blakey decidiu que o grupo Protect Our Parks tem razões legais para questionar a instalação do centro histórico em 7.810 m² do Jackson Park, que foram cedidos pela prefeitura.
Os ambientalistas afirmam que, tanto o prefeito de Chicago, Rahm Emanuel, ex-chefe do gabinete de Obama e principal condutor da construção do centro, como o Distrito de Parques da cidade, não têm autoridade para conceder o uso de terras públicas a projetos privados.
"O Centro Presidencial Obama é uma oportunidade única para todos os habitantes de Chicago", declarou hoje, o diretor jurídico da prefeitura, Ed Siskel, afirmando que o juiz, no entanto, descartou alguns pontos do processo.
Os ambientalistas argumentaram que seus direitos constitucionais seriam violados se permitissem que seus impostos fossem usados para construir um prédio onde os interesses políticos do ex-presidente poderiam ser promovidos.
O juiz disse que a alegação é baseada em especulação, e "este tribunal recusa o convite para prever o futuro", escreveu.
John Blakey prometeu acelerar os trâmites da ação, mesmo no caso de um julgamento, de modo a não atrasar ainda mais o processo de construção.
O projeto já desde 2017 os planos preparados pelo estúdio Tod Williams Billie Tsien, de Nova York, e o Interative Design, de Chicago.
A biblioteca e museu compilarão todos os tipos de documentos e materiais da passagem de Obama pela Casa Branca, organizarão exposições interativas e coletarão "o espírito de um movimento" para "inspirar uma nova geração de cidadãos ativos", segundo a Fundação Obama.
Outro projeto que a Prefeitura tentou impulsionar em terrenos públicos, o museu de George Lucas, criador da saga "Star Wars", fracassou em 2016 por conta de uma ação de outro grupo ambientalista e teve que ser levado para outra cidade. EFE
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