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Guaidó diz que oposição exigirá permissão para entrada de ajuda humanitária

20/02/2019 13h39

Caracas, 20 fev (EFE).- O chefe do Parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino, disse nesta quarta-feira que os opositores irão no próximo sábado aos quartéis militares para exigir que os soldados permitam a entrada da ajuda humanitária armazenada nas fronteiras do país.

"Vamos nos concentrar nos quartéis de maneira pacífica, mas muito contundente", disse Guaidó durante uma reunião com transportadores no município de Chacao.

"Iremos a cada um desses postos exigir ajuda humanitária", acrescentou.

Guaidó não antecipou se viajará no sábado para algum dos pontos de fronteira por onde a oposição pretende ingressar as ajudas, mas disse que estará "na rua".

"Todos às ruas de novo", indicou.

A oposição venezuelana assegura que o país atravessa uma "emergência humanitária complexa" e pediu doações à comunidade internacional que prevê ingressar neste sábado apesar da recusa do Governo de Nicolás Maduro, que as rejeita.

O governante assegurou que as ajudas são um "presente podre" que leva o "veneno da humilhação", apesar de reconhece as dificuldades que atravessa a nação sul-americana.

Maduro disse que não permitirá a entrada das ajudas e bloqueou há dias o acesso pela ponte Tienditas, uma moderna infraestrutura que une a Venezuela com a Colômbia e que o antichavismo aspirava usar.

Diante disso, Guaidó reiterou nesta quarta-feira seu chamado às Forças Armadas, às quais pediu permissão para a entrada das doações e que se coloquem do lado da "Constituição".

"Senhores das Forças Armadas, têm 3 dias para se colocar do lado da Constituição para seguir uma ordem do presidente encarregado da república", afirmou.

Além disso, revelou que a oposição tentará ingressar as ajudas "por terra e por mar", esta última via através de Puerto Cabello. EFE

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