Papa expulsa cardeal americano acusado de abusos sexuais
Após acusações de assédio a menores e seminaristas, Vaticano exonera ex-cardeal Theodore McCarrick. É a primeira vez na história da Igreja Católica que cardeal perde título em razão de abusos sexuais.O Vaticano anunciou neste sábado (16/02) que a Congregação para a Doutrina da Fé expulsou do sacerdócio o ex-cardeal e arcebispo emérito de Washington (EUA), Theodore McCarrick, de 88 anos.
Ele foi acusado de abusos sexuais a menores e seminaristas, informou a assessoria de imprensa da Santa Sé, em comunicado.
Esta é a primeira vez na história da Igreja Católica que um cardeal perde seu título em razão de abusos sexuais.
A decisão acontece depois da investigação sobre o caso ordenada pelo papa Francisco e poucos dias antes de o Vaticano realizar uma reunião histórica contra os abusos a menores praticados por religiosos.
O pontífice já tinha removido o arcebispo americano do Colégio dos Cardeais e também ordenou que permanecesse afastado das suas funções e recluso até que acusações contra ele fossem esclarecidas num julgamento canônico.
A Congregação para a Doutrina da Fé considera McCarrick culpado pelos abusos a menores e adultos com o agravante de abusos de poder e por isso impôs a pena de redução ao estado laical, diz o comunicado oficial.
"O Santo Padre reconheceu a natureza definitiva, em conformidade com a lei, desta decisão, que torna o caso resolvido, isto é, não sujeito a uma nova apelação", acrescenta.
A redução ao estado laical prevê que os sacramentos não podem ser administrados e vestir-se como um sacerdote, qualquer tipo de salário é suspenso.
McCarrick, arcebispo de Washington de 2000 a 2006, foi acusado de abusar sexualmente de menores e de se comportar mal com jovens sacerdotes.
Em julho do ano passado, um homem quebrou seu silêncio depois de 40 anos e revelou ao jornal The New York Times que o ex-cardeal tinha abusado dele quando era menor de idade, uma situação que havia supostamente durado por duas décadas.
McCarrick foi ordenado cardeal por João Paulo 2° e participou do conclave de abril de 2005 onde foi eleito o papa Bento 16.
CA/abr/efe
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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Ele foi acusado de abusos sexuais a menores e seminaristas, informou a assessoria de imprensa da Santa Sé, em comunicado.
Esta é a primeira vez na história da Igreja Católica que um cardeal perde seu título em razão de abusos sexuais.
A decisão acontece depois da investigação sobre o caso ordenada pelo papa Francisco e poucos dias antes de o Vaticano realizar uma reunião histórica contra os abusos a menores praticados por religiosos.
O pontífice já tinha removido o arcebispo americano do Colégio dos Cardeais e também ordenou que permanecesse afastado das suas funções e recluso até que acusações contra ele fossem esclarecidas num julgamento canônico.
A Congregação para a Doutrina da Fé considera McCarrick culpado pelos abusos a menores e adultos com o agravante de abusos de poder e por isso impôs a pena de redução ao estado laical, diz o comunicado oficial.
"O Santo Padre reconheceu a natureza definitiva, em conformidade com a lei, desta decisão, que torna o caso resolvido, isto é, não sujeito a uma nova apelação", acrescenta.
A redução ao estado laical prevê que os sacramentos não podem ser administrados e vestir-se como um sacerdote, qualquer tipo de salário é suspenso.
McCarrick, arcebispo de Washington de 2000 a 2006, foi acusado de abusar sexualmente de menores e de se comportar mal com jovens sacerdotes.
Em julho do ano passado, um homem quebrou seu silêncio depois de 40 anos e revelou ao jornal The New York Times que o ex-cardeal tinha abusado dele quando era menor de idade, uma situação que havia supostamente durado por duas décadas.
McCarrick foi ordenado cardeal por João Paulo 2° e participou do conclave de abril de 2005 onde foi eleito o papa Bento 16.
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