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Grupo de contato enviará missão a Caracas no início da próxima semana

15/02/2019 17h36

Bruxelas, 15 fev (EFE).- O grupo internacional de contato apoiado pela União Europeia (UE) e composto por países europeus e latino-americanos enviará no início da próxima semana uma "missão técnica" a Caracas para se reunir com as partes enfrentadas na crise política venezuelana, informaram nesta sexta-feira fontes do bloco europeu.

"Será enviada uma missão técnica de funcionários de alto nível a Caracas no início da próxima semana", declarou um alto funcionário comunitário.

O objetivo do grupo de contato, que se reuniu pela primeira vez na semana passada em Montevidéu, é criar as condições para que sejam realizadas eleições presidenciais "justas" e "críveis" na Venezuela, em linha com os padrões internacionais.

Na reunião de Montevidéu foi estabelecido o envio dessa missão técnica à capital venezuelana, que viajará na próxima semana para "se conectar com todas as partes", assim como com a sociedade civil, a fim de "explorar o que mais se pode fazer", segundo disseram as fontes.

Além disso, abordará as necessidades humanitárias da população e como se pode garantir o acesso da ajuda internacional para atendê-las.

Fontes diplomáticas insistiram que essa ajuda humanitária não deve ser "instrumentalizada".

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, se mostrou "pronto e disposto", segundo disse no último dia 8 de fevereiro, a receber "qualquer enviado do grupo de contato".

"Boas vindas ao grupo de contato da UE, mas lhes digo obviamente que estou totalmente em desacordo com a parcialização e ideologização em que caíram como produto do extremismo com que veem à Venezuela", afirmou então.

No grupo participam a UE como instituição e oito de seus Estados-membros (Espanha, França, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, Suécia e Reino Unido), assim como Bolívia, Costa Rica, Equador e Uruguai pela parte latino-americana.

Embora a UE não tenha reconhecido o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como presidente em exercício da Venezuela, um total de 24 Estados-membros reconheceu, com exceção de Itália, Grécia, Eslováquia e Chipre.

"Reconhecemos Guaidó e dizemos que o presidente de fato, Maduro, não tem legitimidade democrática", disseram hoje outras fontes diplomáticas, que ressaltaram que corresponde a Guaidó tentar iniciar um processo eleitoral "crível", de maneira "ordenada e pacífica" na Venezuela.

No que diz respeito à possibilidade de que a UE imponha novas sanções a autoridades venezuelanas, duas fontes diplomáticas admitiram que "atualmente isso não está sobre a mesa".

"Há países prontos para todas as opções e outros não. Ainda estamos em um debate político", comentou uma das fontes, que acrescentou que, em caso de novos eventos como uma hipotética "pisão do atual líder da oposição ", se veria então "como reage" a UE. EFE

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