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"Última coisa que precisamos é de novo referendo na Escócia", diz May

23/01/2019 14h57

Londres, 23 jan (EFE).- A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse nesta quarta-feira que a última coisa que a região precisa é de um novo referendo de independência na Escócia.

As declarações foram uma resposta de May a uma pergunta do deputado conservador escocês Stephen Kerr na Câmara dos Comuns. Ele pediu que a primeira-ministra condenasse os planos da ministra principal da Escócia, Nicola Sturgeon, de realizar outro referendo.

"A última coisa que queremos é um segundo referendo de independência. O Reino Unido deveria estar se unindo, não se separando", disse May, que recebe Sturgeon ainda hoje para discutir a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), o Brexit.

"A Escócia realizou um referendo em 2014, foi legal, justo, decisivo. E o povo votou claramente para que a Escócia permanecesse dentro do Reino Unido. Mas, mais do que isso, nas últimas eleições gerais, o povo escocês enviou de novo uma mensagem clara que não quer um segundo referendo - o que se refletiu no recuo do SNP (Partido Nacionalista Escocês, liderado por Sturgeon)", afirmou.

May ainda afirmou que o SNP perdeu o contato com o povo da Escócia e ainda não "ouviu a mensagem nas ruas".

Sturgeon usou o Twitter para rebater a primeira-ministra do Reino Unido e a acusou de não ouvir o povo ao insistir em uma política de Brexit criticada pela maioria dos cidadãos escoceses.

Firme opositora da saída da UE, medida que foi rejeitada por 62% dos escoceses no referendo realizado em julho, Sturgeon pediu que a primeira-ministra do Reino Unido adie o Brexit para convocar um segundo referendo sobre a saída do bloco europeu.

"O governo de Londres segue ignorando a voz da Escócia. Então os escoceses têm o direito de considerar outras opções para seu futuro, incluindo a independência", ressaltou Sturgeon.

A ministra principal se comprometeu a apresentar uma nova proposta sobre a independência da Escócia nas próximas semanas, quando a situação do Brexit já estará mais clara. EFE

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