Topo
Notícias

Surto de ebola na RDC supera 700 casos, com mais de 100 neste ano

23/01/2019 16h22

Kinshasa, 23 jan (EFE).- O número de casos registrados no maior surto de ebola da história da República Democrática do Congo (RDC), que castiga atualmente duas regiões do nordeste do país, superou os 700, dos quais mais de cem foram registrados desde que começou esse ano, informou nesta quarta-feira o Ministério de Saúde congolês.

O surto de ebola que afeta as províncias do Kivu do Norte e Ituri matou 439 pessoas, das quais 390 foram confirmadas em laboratório que sucumbiram pela doença virótica, segundo o último boletim do ministério com dados até esta terça-feira.

Esse surto não parece estar controlado quase meio ano depois de ter sido declarado em 1º de agosto, já que dezenas de novos casos de ebola são registrados a cada semana.

Até o momento, as autoridades sanitárias contabilizaram um total de 713 casos em 20 áreas sanitárias distintas, dos quais 664 são confirmados e 49 prováveis.

Por outro lado, 247 pessoas conseguiram sobreviver à doença graças aos tratamentos médicos e à vacina experimental rVSV-ZEBOV, que já foi injetada em mais de 65.000 pessoas.

Esse surto de ebola, declarado pela primeira vez na história da doença em uma zona de conflito onde atuam mais de uma centena de grupos armados, já superou em magnitude e letalidade aos demais registrados neste país centro-africano, onde a doença nasceu e é endêmica.

O vírus do ebola é transmitido através do contato direto com o sangue e os fluídos corporais contaminados, provoca febre hemorrágica e pode chegar a atingir uma taxa de mortalidade do 90% se não for tratado a tempo.

O surto mais devastador em nível global foi declarado em março de 2014, com casos que remontam a dezembro de 2013 em Guiné-Conacri, país do qual se expandiu para Serra Leoa e Libéria.

Quase dois anos depois, em janeiro de 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim desta epidemia, na qual morreram 11.300 pessoas e mais de 28.500 foram contagiadas, números que, segundo esta agência da ONU, poderiam ser conservadores. EFE

Notícias