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Sobe para 8 o número de mortes em protestos contra Maduro na Venezuela

Milhares de pessoas vão às ruas da Venezuela para protestar contra Maduro - Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Milhares de pessoas vão às ruas da Venezuela para protestar contra Maduro Imagem: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

23/01/2019 18h25

Uma fonte do Ministério Público da Venezuela informou à Agência Efe que estão sendo investigadas seis mortes ocorridas nas últimas horas durante os protestos antigovernamentais, enquanto, segundo o governo do estado Táchira, outras duas pessoas morreram nessa região.

A procuradoria confirmou à Efe que no distrito de Sucre, no oeste de Caracas, duas pessoas morreram nas últimas horas "em fatos que não envolvem funcionários de ordem pública" e que já estão sendo investigados por promotores designados para o caso.

Além disso, o Ministério Público está averiguando quatro mortes registradas "durante saques" que aconteceram no estado de Bolívar, na fronteira com o Brasil, também nas últimas horas nas quais essa entidade regional registrou várias manifestações contra o governo de Nicolás Maduro.

O jovem Alixon Pizani, de 16 anos, é uma das vítimas e foi ferido com arma de fogo ontem à noite em Caracas, segundo afirmou nesta quarta-feira o Observatório Venezuelano de Conflito Social (OVCS).

Meios de comunicação locais asseguram que as vítimas do estado Bolívar também receberam disparos enquanto participavam de saques.

Por sua parte, a governadora do Táchira, Laidy Gómez, indicou através da sua conta no Twitter que cinco pessoas receberam disparos, e duas delas morreram após apresentar "ferimentos na região do tórax e na região axilar".

Os incidentes violentos de Táchira, na fronteira com a Colômbia, aconteceram hoje no meio de um protesto antigovernamental na sua capital, San Cristóbal, que tinha sido convocado pela oposição para assinalar a "ilegitimidade" de Maduro.

Centenas de milhares de venezuelanos saíram hoje às ruas em todo o país para protestar contra o chefe de Estado, a quem consideram um "usurpador" após ter conseguido sua reeleição em pleitos tachados de fraudulentos e não reconhecidos por vários países. 

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