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Paraguai pede que Brasil retire status de refugiado de 3 cidadãos do país

23/01/2019 15h59

Assunção, 23 jan (EFE).- O chanceler do Paraguai, Luis Alberto Castiglioni, se reuniu nesta quarta-feira, em Davos, com o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, e voltou a pedir a retirada do status de refugiado político de três cidadãos do país que estão asilados desde 2003, mas respondem a processos na Justiça.

Os dois ministros estão em Davos para participar do Fórum Econômico Mundial, acompanhando seus respectivos chefes, o presidentes Mario Abdo Benítez e Jair Bolsonaro.

Castiglioni informou sobre o encontro com Araújo no Twitter e disse que os dois compartilham críticas ao atual funcionamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos.

O Paraguai apresentará em fevereiro um processo na Corte Interamericana sobre as torturas sofridas por Juan Arrom e Anuncio Martín, que teriam ocorrido em janeiro de 2002.

Os dois foram processados pela Justiça paraguaia, junto com Víctor Colmán, por ter envolvimento no sequestro de María Edith Bordón, nora do ex-ministro da Fazenda Enzo Debernardi, em 2001.

Antes do julgamento, os dois primeiros desapareceram e foram libertados com sinais de tortura. O caso provocou a renúncia de dois ministros e de três chefes da polícia local.

Arom e Martín se exilaram no Brasil, onde consideram a condição de refugiados políticos. No entanto, o chanceler paraguaio avaliou que, com Bolsonaro, há "mais chances de imparcialidade".

Caso consiga a revogação do status, o Paraguai pediria ao Brasil a extradição dos três para que eles respondam ao crime no país. Castiglioni garantiu que eles terão todos seus direitos respeitados.

No encontro de hoje em Davos, Castiglioni e Araújo também conversaram sobre a luta contra o crime organizado e sobre uma futura visita de Abdo Benítez ao Brasil. EFE

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