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Itália pede que França ceda assento no Conselho de Segurança

23/01/2019 20h34

DAVOS, 23 JAN (ANSA) - O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, sugeriu hoje (23) que a França conceda seu assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para a União Europeia (UE).   

A ideia de Conte é que, desta forma, os países da UE poderão ser representados em um "contexto europeu", e não mais "em um país único".   

"Se a França quiser disponibilizar o seu assento no Conselho de Segurança da ONU, vamos falar sobre isso e fazê-lo no contexto europeu, se realmente quisermos dar importância a este contexto", disse o premier em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial.   

O objetivo da Itália "não pode ser dar um assento como uma arma para mais um analisador europeu".   

Com isso, um dos países relacionados para assumir o assento é a Alemanha, principalmente depois da chanceler alemã, Angela Merkel, assinar o Tratado de Aachen com o presidente da França, Emmanuel Macron.   

Conte ainda amenizou a situação dizendo que "há uma amizade tradicional entre a Itália e a França e entre a Itália e a Alemanha". " e discutirmos algumas coisas, isso não compromete a amizade", disse.   

A declaração marca mais um capítulo na crise diplomática entre os dois países, principalmente depois que a embaixadora da Itália em Paris, Teresa Castaldo, foi convocada pelo Ministério das Relações Exteriores da França para esclarecer sobre as recentes declarações do vice-premier italiano, Luigi di Maio, que acusou o país vizinho de "explorar" a África.   

Questionada sobre uma possível retaliação contra a Itália, a ministra francesa das Relações Europeias, Nathalie Loiseau, afirmou nesta quarta(23) que "não quer brincar de quem é o mais idiota".   

"Quando as declarações são excessivas, pelo tom e pelo número de vezes que são repetidas, tornam-se insignificantes", afirmou.   

Para ela, "a Itália e a França têm uma tradição de relacionamentos que não é questionada" e é preciso "abordar as questões políticas cruciais da agenda europeia e internacional de uma maneira muito serena". (ANSA)
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