Topo
Notícias

Guaidó contraria Maduro e diz que manterá relações diplomáticas com EUA

23/01/2019 19h49

Caracas, 23 jan (EFE).- O chefe do parlamento venezuelano e autoproclamado presidente em exercício da Venezuela, Juan Guaidó, disse nesta quarta-feira que manterá relações diplomáticas com os Estados Unidos, contrariando a decisão do chefe do Estado, Nicolás Maduro, de romper vínculos com Washington.

"O Estado da Venezuela deseja firmemente que mantenham sua presença diplomática no nosso país", afirma um comunicado divulgado por Guaidó no Twitter e dirigido a "todas as embaixadas presentes na Venezuela".

"Responsavelmente lhes digo que somos uma nação soberana e seguiremos mantendo as relações diplomáticas com todos os países do mundo", acrescentou o opositor.

Além disso, Guaidó pediu que todas as missões diplomáticas na Venezuela não reconheçam qualquer ordem que "contradiga o poder legítimo da Venezuela", uma referência à declaração de Maduro.

O líder da oposição quer que as embaixadas continuem operando normalmente e que as imunidades e privilégios dos diplomatas sejam respeitados. Segundo Guaidó, Maduro não tem "autoridade legítima" para se pronunciar sobre o assunto.

Sobre os protestos organizados por milhares de manifestantes nesta quarta-feira em Caracas, Maduro anunciou que daria 72 horas para todos os diplomatas que vivem na Venezuela deixarem o país.

O governo dos Estados Unidos anunciou mais cedo que reconhece Guaidó como presidente interino da Venezuela, uma medida tomada para aumentar a pressão sobre Maduro.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, pediu que Maduro renuncie ao cargo diante da existência de um novo "líder legítimo" que "reflete a vontade do povo venezuelano".

Vários países da América Latina, entre eles o Brasil, se pronunciaram hoje para reconhecer Guaidó como presidente em exercício da Venezuela. EFE

Notícias