Evo Morales se solidariza com Nicolás Maduro diante da crise na Venezuela
La Paz, 23 jan (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, expressou nesta quarta-feira sua solidariedade a Nicolás Maduro diante do que considerou uma tentativa do "imperialismo" de "ferir mortalmente" a democracia na América do Sul, depois que o chefe do parlamento venezuelano, Juan Guaidó, disse ter assumido as competências do Executivo.
"Nossa solidariedade com o povo venezuelano e o irmão @NicolasMaduro, nestas horas decisivas em que as garras do imperialismo buscam novamente ferir mortalmente a democracia e a autodeterminação dos povos da América do Sul", escreveu o presidente boliviano em sua conta no Twitter.
Morales, que é aliado político de Maduro, acrescentou que a região "nunca mais" será "pátio traseiro" dos Estados Unidos.
Por sua parte, o novo ministro de Comunicação da Bolívia, Manuel Canelas, qualificou como "bravata" o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer "oficialmente" o chefe do parlamento venezuelano "como o presidente interino da Venezuela".
Canelas declarou à imprensa que a postura de Trump representa "claramente uma ingerência" na Venezuela, com a qual "procura incentivar o conflito".
O ministro se referiu nestes termos à situação na Venezuela após o anúncio de Guaidó de que assumiu as competências do Executivo, no que chamou de luta contra a "usurpação" da presidência por Maduro.
A possibilidade de o presidente da Assembleia Nacional assumir o Executivo de maneira interina até a convocação de eleições está prevista na Constituição da Venezuela, mas apenas em caso de que não haja um governante legítimo e se cumpram uma série de condições. EFE
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