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EUA alegam que Venezuela tem novo "líder legítimo" e pedem renúncia de Maduro

23/01/2019 18h54

Washington, 23 jan (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, pediu nesta quarta-feira a Nicolás Maduro que renuncie à presidência da Venezuela devido à presença de um novo "líder legítimo que reflete a vontade do povo", em referência a Juan Guaidó, que dirige a Assembleia Nacional - formada majoritariamente por opositores - e anunciou ter assumido o governo.

"O povo venezuelano já sofreu durante muito tempo a desastrosa ditadura de Nicolás Maduro. Cobramos que Maduro dê um passo ao lado em favor de um líder legítimo que reflete a vontade do povo", disse Pompeo em comunicado.

O governo americano reconheceu hoje Guaidó como "presidente legítimo interino" da Venezuela e alertou a Maduro que tem "todas as opções sobre a mesa" caso ele adote represálias contra os deputados opositores.

Na nota, Pompeo reiterou o pedido dos EUA aos militares venezuelanos para que "respaldem a democracia e protejam os cidadãos venezuelanos".

Além disso, o representante da diplomacia americana declarou que o governo dos EUA "está disposto a prestar assistência humanitária ao povo da Venezuela conforme as condições permitirem", um cenário considerado por Maduro e apoiadores como uma agressão.

A Venezuela vive uma situação de incerteza política desde o último dia 10, quando Maduro tomou posse para seu segundo mandato como presidente depois de uma eleição realizada em maio de 2018 e não reconhecida pela maior parte da comunidade internacional.

Guaidó proclamou-se presidente da Venezuela em meio ao que chamou de luta contra a "usurpação" da presidência por parte de Maduro, a quem classificou como um líder "ilegítimo".

A possibilidade de o presidente da Assembleia Nacional assumir o governo de maneira interina até a convocação de eleições está prevista na Constituição da Venezuela, mas apenas caso não haja um governante legítimo e que seja cumprida uma série de condições.

"Os EUA apoiam o presidente Guaidó enquanto estabelece um governo de transição e lidera a Venezuela, e enquanto o país se prepara para realizar eleições justas e livres", ressaltou Pompeo.

Após os EUA reconhecerem Guaidó como presidente interino, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, Paraguai e Peru manifestaram apoio ao parlamentar opositor.

Já o México afirmou que manterá sua posição sobre a Venezuela e continua a reconhecer Maduro como o legítimo presidente do país. EFE

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