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Em Davos, presidente espanhol pede luta contra desigualdades inaceitáveis

23/01/2019 16h45

Davos (Suíça), 23 jan (EFE).- O presidente do governo da Espanha, Pedro Sanchéz, fez um alerta nesta quarta-feira no Fórum Econômico Mundial, em Davos, sobre a existência das desigualdades inaceitáveis e ressaltou a necessidade de trabalhar contra elas por considerar que elas alimentam o populismo e o nacionalismo reacionário.

"A política deve acelerar o ritmo de forma responsável. Senão aparecerão políticos sem escrúpulos que farão com que as fendas da sociedade se agravem", disse Sánchez em discurso no evento.

"Se (a política) não tivesse esquecido que a economia deve sempre estar ao serviço das pessoas, talvez os populismos nacionalistas não tivessem chegado tão longe", completou.

Sánchez defendeu, além disso, as políticas progressistas da esquerda contra o "protecionismo conservador" e o neoliberalismo que, segundo ele, provocaram a última grande recessão mundial.

O chefe do governo espanhol ressaltou no discurso a força da economia do país e ressaltou que a Espanha "inspira confiança" nas organizações internacionais e também no mercado financeiro.

Essa confiança se baseia, segundo Sánchez, no aumento do investimento estrangeiro na Espanha, o que teria ocorrido por quatro fatores: harmonia social, certeza jurídica, instituições e empresas fortes e o fato de o país ser "singularmente europeísta".

Sánchez também afirmou que alguns países ainda não se recuperaram da crise econômica mundial iniciada em 2008. No entanto, para ele, há riscos de que todas as lições apreendidas com o caso sejam esquecidas no futuro.

"Nossas sociedades ainda carregam o peso da crise", disse Sánchez, que alertou os participantes do evento em Davos que o populismo nacionalista não é só um problema de um continente, mas sim de todas as democracias do mundo. EFE

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