Topo
Notícias

Crise na Venezuela muda agenda de presidentes latino-americanos em Davos

23/01/2019 19h38

Davos (Suíça), 23 jan (EFE).- O novo capítulo da crise na Venezuela aberto nesta quarta-feira, com a decisão do chefe da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, de se autoproclamar presidente do país e o rápido reconhecimento recebido por parte de vários países transformou a agenda de muitos presidentes da região no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

A situação da Venezuela foi tema recorrente nos discursos feitos pelos presidentes de Brasil, Colômbia, Equador, Costa Rica e Paraguai durante as atividades em Davos. Alguns deles, inclusive, usaram a oportunidade para expressar o reconhecimento a Guaidó.

Um dos que optou por esse caminho foi o presidente Jair Bolsonaro. O caminho foi seguido pelos presidentes da Colômbia, Iván Duque, e do Equador, Lenín Moreno. A vice-presidente do Peru, Mercedes Araóz, e a chanceler do Canadá, Chrystia Freeland, também fizeram pronunciamentos oficiais sobre a situação na Venezuela.

Por coincidência, os cinco participavam de uma sessão privada do Fórum Econômico Mudnial sobre a resposta à crise humanitária na Venezuela com representantes das principais organizações humanitárias do mundo quando chegou a notícia da autoproclamação de Guaidó e a reação dos Estados Unidos reconhecendo-o como presidente.

Os cinco países, então, decidiram assumir uma posição clara e foram se pronunciar para um pequeno grupo de jornalistas que os esperavam na saída da sala de reunião.

"A Colômbia reconhece Juan Guaidó como presidente da Venezuela e acompanha esse processo de transição para a democracia para que o povo venezuelano se liberte da ditadura", disse Duque, o primeiro a tomar a palavra sobre a situação no país vizinho.

Na sequência, Bolsonaro disse que o governo brasileiro também reconhecia Guaidó como presidente em exercício e que, junto com os países do Grupo de Lima, daria todo apoio político necessário a ele.

Já Moreno tinha saído minutos antes da sala sem fazer declarações, mas depois confirmou à Agência Efe que sua posição era a mesma que a dos demais presidentes latino-americanos.

A vice-presidente do Peru também disse que o governo do país apoiaria a "transição democrática" na Venezuela e antecipou que o presidente Martín Vizcarra faria uma declaração mais longa sobre o assunto em Lima.

Freeland, por sua vez, indicou que o Canadá reconhece e dará "total apoio" ao presidente interino da Venezuela. EFE

Notícias