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Davos: elite se preocupa com o clima, mas viaja de jato particular

Da AFP, em Davos

22/01/2019 15h36

Embora a mudança climática seja um dos temas recorrentes do Fórum Econômico Mundial de Davos, muitos de seus participantes, sejam empresários ou políticos, viajam à pequena estação de esqui suíça em jato particular.

Este ano, um número recorde de 1.500 voos é esperado durante a semana nos aeroportos próximos a Davos, de acordo com a empresa Air Charter Service (ACS).

São 200 a mais do que no ano passado, apesar do fato de a mudança climática ser considerada pelos participantes do Fórum, segundo uma pesquisa, como um dos maiores riscos para o planeta.

Quando chegam a aeroportos próximos, como Zurique, a duas horas de trem de Davos, os passageiros desses voos privados continuam sua viagem de helicóptero para economizar tempo.

O resultado é que a demanda por jatos particulares durante a semana em Davos supera em muito a de outros grandes eventos como o Super Bowl nos Estados Unidos ou a final da Liga dos Campeões, de acordo com Andy Christie, diretor da ACS.

"Temos reservas de Hong Kong, Índia e Estados Unidos. Nenhum outro evento tem um alcance internacional como este", disse Christie em comunicado.

Além disso, a tendência é que os jatos sejam maiores e mais caros.

"Em parte, isso é explicado pelas longas distâncias, mas também porque os rivais nos negócios não querem ficar para trás", acrescenta Christie.

Os organizadores do Fórum asseguram que compensam as emissões envolvidas em cada voo com iniciativas para o meio ambiente e este ano subsidiaram os participantes que optaram pelo trem.

"Encorajamos os participantes a tomarem medidas de compensação", disse à AFP Dominique Waughray, chefe de Bens Públicos Globais do Fórum. "A maioria dos aviões privados são na verdade de líderes políticos porque é mais eficiente e seguro", aponta.

Fórum Econômico Mundial reúne políticos e empresários

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