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Grande Rio tem chacina com nove mortos

Roberta Jansen e Fábio Grellet

21/01/2019 21h44

Nove pessoas foram mortas e pelo menos quatro ficaram feridas em cinco ações criminosas que a polícia suspeita terem sido praticadas em sequência pelos mesmos autores, na noite de domingo, 20, e madrugada desta segunda-feira, 21, em São Gonçalo e Itaboraí, municípios vizinhos na região metropolitana do Rio de Janeiro. Os crimes são investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG). Até as 20 horas desta segunda-feira, nenhum suspeito havia sido identificado ou preso.

Segundo a polícia, a primeira ação ocorreu na Rua Igualdade, no Jardim Marambaia, em São Gonçalo, por volta das 23h30 de domingo. Quatro homens que trafegavam em um carro prateado pararam em frente ao portão de entrada de uma vila de casas, gritaram para que fosse aberto e, assim que um rapaz apareceu para atendê-los, começaram a atirar. Três homens morreram: Rodrigo Avelino Braga, de 38 anos, Renan Trigueiro de Almeida, de 20, e Gabriel Trigueiro de Oliveira, de 19. Oliveira e Almeida eram primos. Braga era tio de ambos. Oliveira deixou um filho de oito meses, enquanto Braga deixou dois, um deles de quatro meses.

Os criminosos seguiram para a Rua Izolina Porto Lopes, a cerca de 300 metros, e atiraram contra Allan Patrick Pinto Vicente, de 21 anos, quarta pessoa a morrer.

Depois foram para a Avenida Cabo José Rodrigues, espécie de continuação da rua Izolina Porto Lopes, mas já no município de Itaboraí. Passaram por um carrinho de lanches, onde atiraram na direção das pessoas. Morreram a dona do carrinho, Débora Rodrigues Baptista, de 46 anos, Hércules de Souza Costa, de 21, e Michael Douglas da Silva Machado, de 25. Machado era o único das nove vítimas que tinha passagens pela polícia. Ele já havia sido acusado de roubo e tráfico de drogas.

Outras duas mortes teriam sido cometidas pelo mesmo grupo em bairros de Itaboraí: Vanderson dos Santos Silva, de 18 anos, morreu em Granja Cabuçu, e Pablo Damasceno dos Esteves, de 26 anos, foi assassinado no bairro Ampliação.

Segundo a Polícia Civil, foram realizadas perícias nos locais das mortes, e investigadores buscam imagens de câmeras de segurança que facilitem a identificação dos criminosos. A polícia diz ter indícios de que os crimes foram praticados pelos mesmos autores e pela mesma motivação. Investigadores afirmam que haveria uma disputa entre quadrilhas rivais pelo domínio do tráfico de drogas na região.

Outra hipótese, aventada por moradores da região onde ocorreram os assassinatos, é de que os crimes tenham sido vingança pela morte de um policial militar, ocorrida na última quinta-feira, 17, naquela área. O cabo Rodrigo Marcos Paiva foi assassinado na frente da mãe, enquanto comia diante de um carrinho de lanches, em São Gonçalo.

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