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Em Davos, Bolsonaro quer mostrar ao mundo "que Brasil mudou"

21/01/2019 20h33

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira (21) que quer dar uma nova imagem do país ao mundo. O chefe de Estado também demonstrou preocupação com a Venezuela, que "está com problemas e não é de hoje". As declarações foram feitas logo na chegada a cidade suíça de Davos, onde acontece o Fórum Econômico Mundial.

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira (21) que quer dar uma nova imagem do país ao mundo.

Com informações de Vivian Oswald, enviada especial a Davos

Bolsonaro antecipou um pouco os temas que pretende tratar no seu discurso no plenário do fórum nessa terça-feira (21). “Nós queremos mostrar, via nossos ministros, que o Brasil está tomando medidas para que o mundo restabeleça a confiança em nós, que os negócios voltem a florescer entre o Brasil e o mundo, sem o viés ideológico. Que nos podemos ser um país seguro para investimentos e, em especial, o agronegócio. É a nossa commodity mais cara. Queremos ampliar esse tipo de comércio”, completou.

O presidente também ressaltou que a comitiva do governo está em Davos para mostrar “que o Brasil mudou”. Sobre os planos para privatizações do governo, Bolsonaro não deu detalhes. “Não vamos anunciar particularidades em nada quanto a isso. A agenda está com nosso chefe de economia, Paulo Guedes. Está bastante detalhado um processo neste sentido.”

Ainda sobre o conteúdo do que pretende apresentar aos 3.000 participantes do fórum amanha, Bolsonaro disse se tratar de “um discurso muito curto, objetivo e claro”. “Foi feito e corrigido por vários ministros para o recado seja o mais amplo possível de um novo Brasil que se apresenta com nossa chegada ao poder.” O presidente fica em Davos até o dia 24 de janeiro. O fórum termina no dia 25.

Brasil teve leve crescimento, segundo FMI

Dentro do contexto do Fórum de Davos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou suas previsões para economia, apontando mais uma vez uma baixa no crescimento mundial. As razões são um menor dinamismo da atividade no segundo semestre de 2018, além de tensões comerciais e aumento de riscos políticos.

O Brasil, que começou o ano com a posse de Bolsonaro, subiu 0,1 ponto em sua previsão para 2019, segundo o FMI, aumento na faixa de 2,5%. Em 2020, a previsão de crescimento é de 2,2%. O país atraiu menos recursos do exterior no ano passado, segundo dados divulgados antes do Fórum de Davos.

O fluxo de Investimento Estrangeiro Direto (IED) no país caiu 12% em 2018 – foram US$ 59 bilhões, contra US$ 68 bilhões em 2017. Com isso, o país agora é o 9° na lista dos mais atrativos para investimentos diretos no mundo. Em 2017, ele era o 5°. As informações são da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), que atribuiu essa queda à ''desafiadora situação econômica e incertezas eleitorais”. Os dados mostram que a redução dos investimentos para o mundo como um todo foi de 19%.

A Pesquisa Global Anual realizada pela PriceWaterHouse Coopers (PwC) mostrou que 30% dos 1.378 executivos entrevistados pela instituição em 90 países acham que a economia internacional vai reduzir o passo. No ano passado, eles somavam apenas 5%. É a pior queda nas expectativas em 22 anos. Dentro desse contexto, Jair Bolsonaro terá de mostrar que o Brasil é um país confiável, no qual vale à pena investir.

Ouça na íntegra a fala do presidente Jair Bolsonaro:

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