Naufrágio no Mediterrâneo deixa 114 desaparecidos, dizem sobreviventes
(Atualiza números e informações)
Roma, 19 jan (EFE).- Pelo menos 114 pessoas estão desaparecidas e outras três foram encontradas mortas após o naufrágio de uma embarcação com imigrantes a 50 milhas do litoral da Líbia, segundo os depoimentos dos três sobreviventes resgatados pela Marinha da Itália à Organização Internacional de Migração (OIM).
Inicialmente foi informado que havia 20 desaparecidos. O porta-voz da OIM na Itália, Flavio di Giacomo, explicou à Agência EFE que os três sobreviventes são dois sudaneses e um gambiano que foram transferidos à ilha de Lampedusa após o resgate. Eles contaram que havia 120 pessoas no bote que partiu da cidade líbia de Garabulli.
Di Giacomo afirmou que os sobreviventes relataram que após 11 horas de navegação o bote no qual viajavam começou a esvaziar e, pouco a pouco, as pessoas foram caindo ao mar.
Entre as pessoas desaparecidas, segundo os relatos, há dez mulheres - uma delas grávida - e duas crianças, e procediam majoritariamente de Nigéria, Camarões, Gâmbia, Costa do Marfim e Sudão.
Os três resgatados se recuperam no hospital de Lampedusa da hipotermia sofrida após terem caído ao mar. Embora não corram risco de morte, "continuam em estado de choque após o ocorrido", segundo Di Giacomo.
A Marinha italiana informou nesta madrugada que avistou nesta sexta-feira uma embarcação em péssimas condições com cerca de 25 pessoas a bordo, motivo pelo qual enviou duas balsas salva-vidas infláveis.
Um helicóptero foi utilizado para resgatar três migrantes. Dois deles conseguiram alcançar uma das balsas, enquanto o terceiro foi salvo no mar. Também foram encontrados três corpos sem vida.
A ONG alemã Sea Watch já tinha informado nesta sexta-feira que havia avistado esta embarcação, que no momento tinha cerca de 25 pessoas a bordo. EFE
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