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Governo iemenita e rebeldes criam cronograma para troca de prisioneiros

18/01/2019 12h02

Amã/Sana, 18 jan (EFE).- Representantes do Governo iemenita e dos rebeldes houthis concluíram nesta sexta-feira as reuniões em Amã, na Jordânia, nas quais criaram um cronograma para o troca de prisioneiros entre os dois grupos em aplicação ao acordo selado na Suécia em dezembro.

O escritório do enviado da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, com sede em Amã, informou que as duas partes discutiram durante dois dias os passos tomados até agora e acordaram um calendário para "conseguir progresso" na troca de cerca de 16 mil prisioneiros.

"As duas partes deram os primeiros passos para a implementação do acordo, completando as listas de detidos e prisioneiros e fornecendo informações sobre estas listas", detalhou em comunicado.

Na nota, o escritório qualificou as conversas em Amã de "construtivas, francas e positivas", embora não tenha ocorrido avanços consideráveis em relação à troca de prisioneiros, que será realizada com o apoio do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

"O escritório do enviado especial para o Iêmen espera que a participação positiva das duas partes irá acelerar a implementação do acordo", acrescentou.

Fontes conhecedoras das conversas disseram à Agência Efe que seguem existindo "diferenças profundas" entre as duas partes sobre as listas de prisioneiros e que os rebeldes houthis acusaram a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos - principais integrantes da coalizão árabe que intervém no Iêmen - de levar cerca de 3 mil detidos rebeldes aos "seus territórios".

Por sua vez, o subsecretário do Ministério de Direitos Humanos iemenita e representante do Governo nas conversas, Majid Fadayel, disse à agência de notícias oficiais "Saba" que os houthis enganaram nos dados proporcionados, já que rejeitaram dar informações sobre 232 prisioneiros e falsificaram os nomes apresentados.

Agora, as partes têm "três dias para apresentar observações" sobre as listas de prisioneiros e "um período de entre sete e dez dias para responder a essas observações e apresentar evidências", e com base nas listas que finalmente serão confeccionadas, será possível realizar a troca de prisioneiros, segundo Fadayel.

A troca foi estipulada em dezembro com a mediação da ONU, assim como um cessar-fogo na cidade de Al-Hudaydah, como passos prévios a um acordo mais amplo que ponha fim ao conflito no Iêmen. EFE

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