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Após prisão de Pezão, Witzel diz que pedirá auditoria de todos os contratos

Wilson Witzel, governador eleito do Rio - Jose Lucena/Futura Press/Folhapress
Wilson Witzel, governador eleito do Rio Imagem: Jose Lucena/Futura Press/Folhapress
do UOL

Marina Lang

Colaboração para o UOL, no Rio

29/11/2018 15h12Atualizada em 29/11/2018 19h32

Horas após a prisão do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), ocorrida na manhã desta quinta-feira (29), o governador eleito Wilson Witzel (PSC) declarou que vai auditar todos os contratos vigentes no estado, porém, “sem paralisar o governo”.

"Certamente faremos auditoria dos contratos. Vamos auditar todos os contratos, de todas as áreas, sem paralisar o governo", disse o futuro governador.

Witzel também informou que já havia falado com o vice-governador Francisco Dornelles (PP), que assumiu o Executivo fluminense, e que a prisão de Pezão não vai atrapalhar a transição.

“[A prisão] não atrapalha a transição. Acabei de receber um telefonema do governador [em exercício] Dornelles. Ele me chamou para conversar, já conversamos outras vezes. Vamos afinar com ele as próximas apresentações que serão feitas”, declarou Witzel após participar da formatura da Escola Superior de Aperfeiçoamento de Oficiais, na Vila Militar, zona norte do Rio.

“Cabe a nós continuarmos na transição de forma que a gente consiga preparar tudo para que em 1º de janeiro de 2019 nós já estejamos em condições de governar o estado do Rio de Janeiro”, disse.

Questionado pelo UOL sobre como avaliava o contexto da prisão no âmbito da Operação Lava Jato, Witzel, que é juiz de carreira, elogiou o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Felix Fisher, que expediu o mandado de prisão de Pezão.

“Não conheço o processo. Agora, conheço o ministro Felix Fisher, um magistrado de elevado conhecimento jurídico e senso de Justiça. Se o ministro decretou a prisão, ele o fez com fundamentos suficientes para o seu conhecimento. Acredito no Superior Tribunal de Justiça, acreditou na Polícia Federal e tenho certeza de que a verdade tem que ser, a todo o custo, perseguida”, afirmou.

“Aqueles que praticaram atos de improbidade, atos criminosos têm que ser punidos. O Brasil não aguenta mais ser envergonhado pelos seus governantes”, continuou. 

Witzel disse que está conversando com empresários do exterior para restabelecer a saúde fiscal do estado.

“Ontem, estive com o cônsul da China, que me deu uma proposta muito interessante: a de comprar toda a carne que seja produzida no Rio de Janeiro. Isso é um alento. Vamos produzir carne, vamos trazer tecnologia, mais empresas. Estou muito animado e acredito seriamente que o Rio de Janeiro em 2019 vai entregar suas contas no azul”, afirmou.

Ele assumiu o compromisso de não privatizar a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos). Segundo ele, de acordo com o 2º parágrafo da lei complementar 159, só é possível vender uma empresa pública caso esta seja deficitária.

“Queria fazer um apelo aos deputados estaduais: sabemos que o Rio de Janeiro está sob recuperação fiscal, e uma das questões é a alienação da Cedae. Há um veto do governador Pezão para que a Cedae não seja alienada, e isso deve ser mantido. Quero dizer que, na minha campanha, eu sempre me manifestei contra [a privatização] da Cedae. É uma empresa superavitária, que dá lucro, que tem créditos a receber”, declarou.

Errata: este conteúdo foi atualizado
A versão original desta matéria informava que Francisco Dornelles é do PTB. Ele é filiado ao PP. A informação foi corrigida.

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