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Situação financeira barra busca do Atlético-MG por atletas de nível europeu

Rafinha Alcântara, do PSG, durante jogo contra o Renner  - Xavier Laine/Getty Images
Rafinha Alcântara, do PSG, durante jogo contra o Renner Imagem: Xavier Laine/Getty Images
do UOL

Lohanna Lima

Do UOL, em Belo Horizonte (MG)

15/08/2022 04h00

Desde o início da atual temporada está claro que o Atlético-MG não iria ao mercado investir em jogadores com vínculo com outros clubes. Prova disso é que a maioria dos atletas que chegaram em 2022 estavam livres no mercado ou prestes a terem seus contratos encerrados, sem haver a necessidade de negociar os direitos. Nas últimas semanas, os nomes do meia Rafinha Alcântara, do PSG, e do atacante Paulinho, do Bayer Leverkusen, foram ligados ao clube alvinegro, mas o negócio não evoluiu justamente pela situação financeira do clube, considerada delicada.

Em entrevista coletiva na Cidade do Galo na última sexta-feira (12), o diretor de futebol Rodrigo Caetano confirmou que houve uma consulta aos dois atletas, mas que o fato de os jogadores ainda terem vínculos mais longos impediu a evolução nesta janela de transferências, que se encerra hoje (15).

"São dois grandes nomes. Ambos têm vínculos com seus clubes e, para que algum nome desse possa ter possibilidade, só se tivesse um acordo, ficasse livre ou término de contrato — não é nem um caso nem o outro. Pouco provável que isso ocorra nessa janela", disse o dirigente.

Após a eliminação na Copa do Brasil e na Libertadores, questionamentos sobre possíveis contratações seguiram rondando o clube, que nesta janela anunciou o retorno do zagueiro Jemerson e os atacantes Alan Kardec, Pedrinho e Pavón.

Caetano ainda ressaltou as dificuldades que o clube enfrenta em termos de competitividade no mercado devido à reestruturação financeira pela qual o clube passa. Por isso, a estratégia do Atlético é de tentar se sobressair no pagamento dos salários dos jogadores, mas não de investir em contratações milionárias.

"Nossa situação financeira é delicadíssima, sempre foi, e os nossos negócios — pelo menos realizados desde que aqui estou — são muito mais com atletas em fim de contrato, atletas com baixo custo. O que nós, muitas vezes, conseguimos competir com os demais clubes é na remuneração. Isso é fato. Mas isso tem que estar muito claro, porque senão gera uma expectativa que não vamos conseguir atingir", completou.

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