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Com rombo de R$ 14 mi nas copas, Inter tem tábua de salvação no Brasileiro

Edenílson, do Inter, em jogo contra o Melgar pela Sul-Americana -  Fernando Alves/Getty Images
Edenílson, do Inter, em jogo contra o Melgar pela Sul-Americana Imagem: Fernando Alves/Getty Images
do UOL

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

14/08/2022 04h00

Não foi apenas ser eliminado por dois times inexpressivos antes das finais. A Copa do Brasil e a Sul-Americana deixaram um rombo no orçamento do Inter. A previsão de seguir nas duas competições, frustrada por Globo-RN e Melgar, deixou um prejuízo de R$ 14,3 milhões nos cofres gaúchos.

No planejamento de objetivos definido no início da temporada, o Inter almejava ir até as quartas de final da Copa do Brasil. Com tal desempenho, o time gaúcho embolsaria R$ 11,5 milhões de premiação.

O problema aconteceu em março, em Ceará-Mirim (RN). A vitória do Globo por 2 a 0 na primeira fase do torneio deixou o Colorado com apenas R$ 1,2 milhão de prêmio. Foram R$ 10,3 milhões a menos do que o esperado.

O cenário poderia ser recuperado com um eventual título da Sul-Americana. Mas o fracasso da última quinta-feira acabou de vez com qualquer chance. Mais do que isso, piorou a condição.

Na competição continental, cujo fim melancólico aconteceu contra o Melgar, nos pênaltis, o plano era avançar ao menos até a semifinal. O prêmio previsto era de 2,8 milhões de dólares (R$ 14,2 milhões na cotação atual). Pelo caminho ficaram 800 mil dólares (R$ 4 milhões pela cotação atual), com a saída uma fase mais cedo.

Ou seja, nas duas Copas somadas, o Internacional esperava receber no mínimo R$ 25,7 milhões e recebeu somente R$ 11,4 milhões.

O que resta no calendário vermelho é o Brasileirão. Desta vez, ao menos agora, o time de Mano Menezes está dentro do objetivo. A equipe abriu a 22ª rodada em sexto, limite máximo estabelecido como meta.

Com isso, o Colorado não recuperaria o valor perdido nos vexames já ocorridos, mas pelo menos não aumentará a cota de prejuízo.

Os infortúnios dificultam ainda mais a condição financeira do clube. Nos últimos anos, as manifestações de dirigentes vermelhos se pautam na justificativa financeira para medir investidas no mercado da bola. Ainda que o Internacional tenha feito neste ano a maior venda de sua história, com a ida de Yuri Alberto para o Zenit, da Rússia, por 25 milhões de euros (R$ 130,2 milhões na cotação atual).

A tábua de salvação gaúcha aponta mais um compromisso hoje. O adversário será o Fluminense, em casa. Depois da queda para os peruanos, não há alternativa que não seja a classificação para a próxima Libertadores.

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