Cruzeiro retorna ao palco em que teve amistoso inusitado com o Shakhtar
Não é todo dia que clubes europeus vêm ao Brasil para realizar amistosos contra equipes nacionais. Em janeiro de 2015, o Shakhtar Donetsk teve uma estadia no país, onde jogou contra alguns clubes, entre eles o Cruzeiro, no Mané Garrincha, palco em que a Raposa enfrenta a Chapecoense, hoje (13), às 16h30 (de Brasília), pela 24ª rodada da Série B do Brasileiro. Na ocasião, as equipes empataram por 1 a 1, diante do público de pouco mais de 6 mil pessoas, mas o que chamou a atenção foi o fato de a Raposa ter atuado muito modificada, após a conquista do bicampeonato brasileiro.
Era a segunda vez que o torcedor via o time em campo naquele ano, já que a partida foi realizada em janeiro, antes da estreia no Campeonato Mineiro. O futebol apresentado passou longe daquele que havia encantado o país, tanto pela falta de ritmo como pelas saídas de peças importantes. Os meias Ricardo Goulart e Everton Ribeiro, assim como os volantes Lucas Silva e Nilton, haviam sido negociados com outras equipes semanas antes.
Com a perda da 'espinha dorsal', que ajudou o clube a conquistar as edições do Brasileirão de 2013 e 2014, Cruzeiro ainda não sabia, mas aquele seria um ano difícil. A equipe chegou a brigar contra o rebaixamento e terminou o Brasileiro apenas em oitavo. O uruguaio Arrascaeta havia sido anunciado há pouco tempo, vindo do Defensor-URU como uma grande promessa, mas que só foi emplacar na Raposa dois anos depois.
O Cruzeiro saiu atrás no placar com gol de Alex Teixeira para o Shakthar, que naquele ano ainda contava com outros brasileiros, como Ilsinho, Marlos, Taison, Luiz Adriano, Fred e Douglas Costa.
O empate veio no segundo tempo com Judivan, na época promessa uma grande promessa da base celeste, mas que sofreu grave lesão meses depois, jogando pela seleção brasileira sub-20, que o deixou quase dois anos fora dos gramados. Ele se recuperou, mas não mais conseguiu atuar alto nível pelos clubes que passou.
O time do Cruzeiro, treinado por Marcelo Oliveira à época, teve Fábio; Mayke (Fabiano), Leo Bruno, Rodrigo e Gilson (Breno Lopes); Henrique e Seymour (Bruno Edgar); Marquinhos (Judivan), Júlio Baptista (Joel) e Willian (Neilton); Leandro Damião.
Sete anos após o único amistoso internacional que o Cruzeiro disputou em solo brasiliense, o time volta ao Mané Garrincha em ritmo de contagem regressiva em busca do acesso à Série A. Em oito jogos no estádio, a Raposa nunca saiu derrotada, tendo vencido cinco e empatado outras três.
Diante da Chape, o time de Paulo Pezzolano busca a terceira vitória consecutiva no returno do Brasileiro: a equipe bateu o Tombense e o Londrina nos últimos dois jogos. O time catarinense, por outro lado, não vence há cinco partidas.
Longe do Mineirão
O Cruzeiro decidiu mandar o jogo contra a Chapecoense no estádio Mané Garrincha devido à agenda musical do Mineirão, que receberá hoje o show "Histórias", evento que reúne grandes nomes do sertanejo.
O Cruzeiro não falou oficialmente os motivos de ter escolhido o estádio de Brasília como opção, uma vez que em outros momentos em que não pôde utilizar o Mineirão, o clube mandou jogos no Independência. Porém, segundo apurou o UOL Esporte, a escolha teria sido por fator financeiro.
FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO x CHAPECOENSE
Competição: Série B do Brasileiro, 24ª rodada
Data e horário: 13 de agosto de 2022 (sábado), às 16h30 (de Brasília)
Local: estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF)
Árbitro: Sávio Pereira Sampaio (Fifa/DF)
Auxiliares: Lucas Costa Modesto (DF) e Leila Naiara Moreira da Cruz (DF)
VAR: Márcio Henrique de Gois (SP)
CRUZEIRO: Rafael Cabral; Zé Ivaldo, Lucas Oliveira e Eduardo Brock; Filipe Machado, Neto Moura, Chay e Matheus Bidu; Daniel Junior, Luvannor, Bruno Rodrigues. Técnico Paulo Pezzolano
CHAPECOENSE: Saulo; Ronei, Léo, Xandão e Fernando; Pablo Oliveira, Darlan e Matheus Bianqui; Felipe Ferreira, Willian Popp e Alisson Farias. Técnico: Marcelo Cabo
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