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Simone Biles diz que deveria ter desistido antes das Olimpíadas

28/09/2021 11h37

NOVA YORK, 28 SET (ANSA) - A ginasta norte-americana Simone Biles afirmou que deveria ter desistido de disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, muito antes do início do megaevento esportivo.   


Dona de quatro medalhas olímpicas de ouro, Biles era uma das principais estrelas dos Jogos, mas desistiu de cinco das seis finais na capital japonesa para focar em sua saúde mental.   


Em uma entrevista à revista "New York", a ginasta de 24 anos de idade confirmou que a investigação dos abusos sexuais cometidos pelo ex-médico da seleção americana Larry Nassar causou um grande desgaste mental.   


"Eu deveria ter desistido muito antes de Tóquio, nunca deveria ter tido outra experiência olímpica depois de tudo que passei nos últimos sete anos. Mas eu não deixaria que ele [Nassar] tirasse de mim algo que eu trabalho desde os meus seis anos e nem toda aquela minha alegria. Então, empurrei o passado para trás o máximo que minha mente deixou", explicou Biles.   


As declarações da norte-americana fecham o círculo de uma história que abalou o mundo do esporte. Em Tóquio, Biles revelou que sofre com "twisties", que na gíria da ginástica representam a sensação de vazio, como flutuar no espaço ou uma perda de consciência da própria presença, que normalmente afeta atletas durante um evento esportivo.   


As crises de ansiedade de Biles teriam começado logo que chegou na capital japonesa e foram impulsionadas pelas medidas restritivas impostas pela pandemia do novo coronavírus. Com isso, a ginasta ficou ainda mais "nervosa" e perdeu confiança.   


A multicampeã revelou em janeiro de 2018 que foi uma das vítimas de Nassar, condenado à prisão perpétua por agressão sexual contra mais de 250 atletas, a maioria delas menores de idade.   


Biles testemunhou recentemente no Senado dos Estados Unidos sobre os erros do FBI na investigação contra o ex-médico da seleção. Na oportunidade, a atleta afirmou que as autoridades "fecharam os olhos diante de nós". (ANSA).   


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