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Seleção italiana diz que todos os jogadores são contra o racismo

22/06/2021 12h18

FLORENÇA, 22 JUN (ANSA) - O porta-voz da seleção da Itália, Paolo Corbi, declarou nesta terça-feira (22) que todos os jogadores da Azzurra são contra o racismo, embora a maioria dos atletas não tenha se ajoelhado antes da vitória por 1 a 0 sobre País de Gales pela Eurocopa.   


Na ocasião, somente os jogadores Emerson Palmieri, Andrea Belotti, Rafael Tolói, Matteo Pessina e Federico Bernardeschi se ajoelharam durante o protesto antirracista do movimento "Black Lives Matter".   


"Em nome de toda a equipe reiteramos que somos contra todas as formas de racismo, discutimos isso e obviamente queremos reafirmar essa posição. Participar ou não de uma forma de protesto, por mais simbólica que seja, não significa ignorar a luta contra o racismo", disse Corbi.   


Entre os jogadores da seleção galesa, todos participaram do ato, mesmo que tenha acontecido de forma bem rápida e aparentemente sem organização prévia. Nas redes sociais, diversos usuários criticaram os italianos.   


"Todos conhecem o exemplo do comportamento de nossos jogadores, o racismo é combatido todos os dias, cada um com seus próprios comportamentos e assim por diante. Quanto ao fato de alguns terem se ajoelhado e outros não, houve uma certa confusão, os jogadores estavam focados em um jogo que era decisivo, porque poderia dar o primeiro lugar do grupo", finalizou o porta-voz.   


O ex-premiê Enrico Letta, líder da centro-esquerda italiana, criticou os jogadores da seleção que não participaram do protesto em uma entrevista a uma rádio pública.   


"Eu acho um absurdo e inacreditável a divisão direita-esquerda sobre o racismo. Me incomodou que somente metade da equipe se ajoelho na frente dos galeses e a próxima partida será em Londres. Todo gesto contra o racismo é merecido, não fazemos o balanço disso. Gestos nunca são suficientes, e não há direita nem esquerda, somos todos antirracistas", disse.   


O ex-ministro do Interior e senador de extrema direita Matteo Salvini não deixou Letta sem uma resposta.   


"O Partido Democrata (PD) está tão próximo da vida real dos italianos que Letta encontrou tempo para atacar os jogadores da seleção que não se ajoelharam no início da partida. Isso nos dá a sensação de um partido que está em tantas dificuldades na Calábria, que precisa buscar prefeitos em cidades de outras regiões para tentar fazer frente à centro-direita", declarou o político. (ANSA).   


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