Maradona foi 'messias laico' de Nápoles, diz prefeito
O "Pibe de Oro" viveu alguns dos melhores anos de sua carreira no Napoli e levou o clube azzurro aos seus primeiros e únicos títulos na Série A, nas temporadas 1986/87 e 1989/90, além das conquistas da Copa da Itália (1986/87), da Supercopa Italiana (1990) e da Copa da Uefa (1988/1989), precursora da Liga Europa.
"Maradona foi o messias laico de nossa cidade e que nos resgatou nos anos pós-terremoto, unindo todas as gerações, todas as faixas, os ricos e os pobres, os bairros burgueses e os mais populares", declarou De Magistris à rede Mediaset.
O argentino foi contratado pelo Napoli em 1984, quatro anos após o devastador terremoto de Irpinia, que deixou cerca de 3 mil mortos na região da Campânia, cuja capital é Nápoles. Até então, o clube azzurro tinha apenas dois títulos de Copa da Itália nos torneios de elite, mas Maradona o transformou em uma potência do sul do país, desafiando os gigantes do norte, como Juventus e Inter de Milão.
Sua morte provocou comoção entre os napolitanos, que desde a última noite se reuniram em frente a murais do argentino para homenageá-lo. Além disso, De Magistris proclamou luto municipal e propôs rebatizar o Estádio San Paolo, casa do Napoli, com o nome de Maradona.
"Maradona não deve ser banalizado apenas com o futebol. Foi um homem bom, muitos se aproveitaram dele. Ele soube interpretar a união indissolúvel entre cidade e clube", acrescentou o prefeito napolitano.
Segundo De Magistris, Maradona sabia encarnar "o sentimento popular. "Ele sabia o que era o sofrimento. Interpretou a sede de justiça. Sua vida foi sul, resgate, orgulho. Parecia que Nápoles nunca chegaria ao olimpo do futebol, mas, graças a ele, aconteceu", reforçou. (ANSA).
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