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Maracanã terá hospital, mas diferente de SP, poupa gramado para Fla e Flu

Estádio do Maracanã - Rio de Janeiro - Pléiades, © Cnes, Distribuição Airbus DS
Estádio do Maracanã - Rio de Janeiro Imagem: Pléiades, © Cnes, Distribuição Airbus DS
do UOL

Caio Blois, Demétrio Vecchioli, e Léo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP)

30/03/2020 20h47

Administrado por Flamengo e Fluminense, mas pertencente ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, o estádio do Maracanã virará um hospital de campanha para ajudar no combate ao coronavírus. Diferente de São Paulo, onde o gramado do Pacaembu terá leitos para os pacientes, no Maior do Mundo, o campo será preservado a pedido dos clubes.

A praça esportiva será toda cedida ao Governo do Rio e utilizada como unidade hospitalar contra a covid-19, doença proveniente do coronavírus. O martelo demorou a ser batido em função da indecisão sobre qual espaço do complexo receberia os 400 leitos. A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro confirmou a informação.

Enquanto os clubes preferiam que o hospital fosse construído na área do antigo Célio de Barros, que não funciona mais como estádio de atletismo, o governador Wilson Witzel (PSC) preferia o campo do Maracanã. Cada um tinha seus motivos, mas ao fim, as partes chegaram a um acordo. O gramado será preservado e o Governo do Rio de Janeiro deve utilizar, além do Célio de Barros, o ginásio Maracanãzinho.

A dupla Fla-Flu se preocupava com a possibilidade de volta do futebol antes da liberação de todos os pacientes e também com o estado do gramado, enquanto o Governo preferia a imagem do estádio mais conhecido do mundo, também para equiparar-se ao governador João Dória (PSDB), governador de São Paulo. A instalação do Pacaembu, entretanto, é da Prefeitura de São Paulo, de seu aliado Bruno Covas, do mesmo partido.

Pelo grande espaço livre e plano (pelo menos 900 m²) e ao mesmo tempo protegido, estádios por todo o país têm sido adaptados para se tornarem hospitais de campanha. O primeiro a ficar pronto foi o do Estádio do Pacaembu, que é administrado pela iniciativa privada há apenas dois meses.

Lá, a Prefeitura de São Paulo montou um estádio com 200 leitos para pacientes de média e baixa complexidade, com isolamento, além de oito leitos de UTI. A construção foi feita em parceria com o Hospital Albert Einstein, que vai contratar cerca de 500 profissionais.

Em Brasília, outro estádio reformado para a Copa do Mundo de 2014, o Mané Garrincha, que também foi recentemente concedido à iniciativa privada, também será adaptado para se transformar em hospital. Os 200 leitos previstos devem ficar prontos em 15 dias, segundo a Secretaria de Saúde. Assim como no Maracanã, o hospital não ficará no gramado, mas no primeiro andar do estádio.

Em Fortaleza, um hospital temporário está sendo montado no gramado do Estádio Presidente Vargas, o PV, que receberá 306 leitos e deverá começar a funcionar em 20 de abril.

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