Mauro Cezar: "Não podemos demonizar jogadores como milionários e egoístas"
A pandemia do coronavírus tem feito que clubes, federações e jogadores discutam possíveis reduções salariais durante o período de paralisação do futebol nacional. Para Mauro Cezar Pereira, blogueiro do UOL Esporte, as negociações precisam levar em conta que apenas uma parte dos jogadores brasileiros tem remunerações milionárias. Em outros casos, a realidade é bem mais dura.
"Os clubes estão perdendo receita, assim como acontece com muitos segmentos da economia. Não tem bilheteria, exposição dos patrocinadores e não fazem a roda girar. Mas não podemos rotular o jogador de arquimilionário e egoísta. Alguns, uma pequena parte, são astros e estrelas, muito bem remunerados. Ainda assim nem todos recebem em dia. A grande maioria dos jogadores ganha pouco, muito pouco", explica, no quadro "Fala, Maurão", vídeo gravado todas as quintas-feiras e publicados no Facebook, no Instagram e no Twitter do UOL Esporte.
Em sua explicação, Mauro Cezar lembra o caso do Vasco. O clube carioca está com salários atrasados desde o ano passado, e os jogadores adotaram uma "lei do silêncio" mesmo durante a pausa por causa do coronavírus.
"As diferenças sociais também fazem parte do futebol. Portanto, muita calma. As negociações são feitas em conjunto. Como você vai cobrar que um jogador do Vasco abra mão de algo se não recebe há meses? E isso não é exclusividade do Vasco, cito o exemplo mais gritante. Não podemos demonizar os jogadores de futebol. As negociações são feitas com bom senso e equilíbrio", completa.
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