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Inter mira Gre-Nal histórico com time "mais solto" e Guerrero recuperado

Paolo Guerrero comemora gol que colocou o Inter na fase de grupos da Libertadores - Ricardo Duarte/Inter
Paolo Guerrero comemora gol que colocou o Inter na fase de grupos da Libertadores Imagem: Ricardo Duarte/Inter
do UOL

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

27/02/2020 04h00

A vitória do Inter por 1 a 0 sobre o Tolima, ontem, não apenas confirmou o Colorado na fase de grupos da Libertadores, mas oficializou dois jogos históricos. Pela primeira vez, Inter e Grêmio se enfrentarão pela competição continental. Derrotado no único clássico de 2020, os vermelhos buscam revanche com time "mais solto" e Guerrero recuperado.

Os jogos estão marcados para os dias 12 de março e quatro de abril. Entre eles, no dia 21 de março, mais um clássico, válido pelo returno do Campeonato Gaúcho.

"Clássico sempre se quer ganhar. O último eu acho que merecemos ganhar, até mesmo com 10 jogadores (Musto foi expulso), merecemos mais. Mas quem ganhou foi o Grêmio. E quem não vence sempre quer revanche. Vai ser bom para a cidade, bom demais para os clubes, e para vocês (imprensa), que terão muito trabalhou. Depois, são jogos especiais e vamos nos preparar para encarar da melhor forma", disse o técnico Eduardo Coudet. "Respeitamos o rival, mas temos gana de cruzar novamente com o Grêmio. Vai ser bom para o futebol e a cidade. Queremos muito ganhar", completou.

Não foi fácil confirmar os clássicos. Em campo, o Inter saiu na frente, mas viu D'Alessandro ser expulso no início do segundo tempo. Com um a menos em campo, o Colorado viu o Tolima pressionar e quase empatar. Mas o 1 a 0 foi suficiente.

O gol de Paolo Guerrero foi outro ponto de comemoração após o jogo. O peruano não marcava há cinco partidas e se via pressionado pela falta de gols.

"Ele é um jogador importantíssimo para nós. Aos poucos foi se soltando e melhorando com o tempo. Hoje ele fez o gol que é importante para ele e para nós também. Jogou uma grande partida, como toda equipe", explicou Coudet. "O atacante vive de gols e cada vez vamos criando mais situações para ele. Eu gostaria que tivesse entrado a bola que tentou encobrir o goleiro, seria um lindo gol (no fim do jogo). Mas ele fez o gol da classificação, é um grande profissional, uma excelente pessoa no dia a dia, trabalha muito, se esmera, e fico muito contente que tenha conseguido o gol da classificação", acrescentou.

Para a fase de grupos, o time estará mais tranquilo. Como encarou duas eliminatórias, Eduardo Coudet admite que focou principalmente na conquista do resultado. Em campo, ainda que não tenha sido brilhante, o Inter não sofreu nenhum gol, tanto contra Universidad de Chile quanto contra Tolima. Venceu as duas em casa e avançou.

Agora, a meta é soltar a equipe para atingir o futebol ofensivo que caracteriza o trabalho do técnico argentino.

"Normalmente meus times jogam com um volante central, uma linha de três meio-campistas e dois atacantes. Creio que o sistema e os jogadores vão marcando seus momentos no grupo, o treinador vai adaptando. O que nos dá margem é estar na fase de grupos, isso possibilita ver os jogos de outra maneira. Vai nos liberar bastante da pressão que existe na eliminatória, onde não se pode errar. Hoje jogamos o semestre. Se a gente perde, seria muito duro para nós, para o clube, a economia do clube", explicou. "Meus times jogam de outra maneira, mas estamos numa etapa de transição, de se adaptar. Eu gosto do time mais compacto, intenso, com a bola, mas para jogar com um volante só é necessário adaptação, como recuar, a preparação física precisa estar muito boa... Mas eu gosto de um time mais ofensivo e seguramente estaremos mais soltos sem esta pressão do mata-mata", completou.

Neste sábado, o Colorado encara o Caxias no primeiro jogo do returno do Gauchão. A estreia na fase de grupos da Libertadores está marcada para a próxima terça-feira.

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