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Vasco vota reforma do estatuto que prevê alterações no processo eleitoral

Roberto Monteiro (presidente do Deliberativo), Campello (presidente do Vasco) e Edmilson Valentim (presidente do Fiscal) - Paulo Fernandes / Vasco
Roberto Monteiro (presidente do Deliberativo), Campello (presidente do Vasco) e Edmilson Valentim (presidente do Fiscal) Imagem: Paulo Fernandes / Vasco
do UOL

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

29/01/2020 04h00

O Conselho Deliberativo do Vasco se reunirá hoje (29), a partir das 20h, para votar a proposta de reforma do estatuto do clube que prevê, entre os principais itens, alterações importantes no processo eleitoral.

Entre os pontos de maior destaque estão os períodos mínimos de vida associativa para votar e ser votado. Na proposta elaborada pela comissão de reforma do estatuto, e aprovada pelo Conselho de Beneméritos ontem (28), se prevê um aumento de um para dois anos de associação para ter direito a voto, e de cinco para sete anos para se tornar elegível.

Estas e outras questões ainda levantam debates e questionamentos entre os grupos políticos, o que faz com que a votação tenha uma tendência de ser equilibrada.

Outro ponto determinante para a condução do pleito será a forma como ele transcorrerá. Alguns dos grupos da ala mais radical de oposição estão propensos a votar contra caso a votação seja em um bloco só. Ou seja, que não seja desmembrada por temas da proposta.

Internamente, porém, o presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, sinalizou para alguns conselheiros que conduzirá a votação por capítulos.

Na noite de ontem (28), os grupos "Desenvolve Vasco" e "Ao Vasco Tudo" emitiram notas oficiais em seus perfis no Twitter já adiantando que votarão contra a reforma.

Vale lembrar que para ela ser aceita, se faz necessário que 2/3 dos presentes votem pela aprovação e se tenha um quórum mínimo de 151 conselheiros.

Redução do valor do título de categoria votante

Outro ponto importante na reforma é a redução do valor do título de sócio proprietário, uma das categorias que dá direito a voto e que, atualmente, custa R$ 2.500. A proposta é de que ele não exceda um salário mínimo. O tema está exposto no capítulo IV em seu parágrafo segundo:

"Em nenhuma hipótese cobrar-se-á por parte do Clube, ao público, valor excedente a um salário mínimo, vigente à época, pela venda de um título de Sócio Proprietário".

Se aprovada, reforma só valerá após eleição de 2020, que será direta

Um ponto importante a ser destacado é que, caso a reforma do estatuto seja aprovada, ela só passará a valer após a eleição de 2020, que acontecerá no fim deste ano e que, pela primeira vez, acontecerá de forma direta. Ou seja, o candidato que vencer na votação entre os sócios será automaticamente empossado como presidente do próximo triênio.

Até então, os associados votavam apenas nas chapas. A vencedora indicava 120 conselheiros e a perdedora mais 30. Eles se juntavam aos 150 beneméritos e os 300 escolhiam o novo mandatário em reunião extraordinária no Conselho Deliberativo. Neste formato, por exemplo, em 2017, Alexandre Campello se tornou o primeiro presidente da história do clube a não ser o mais votado entre os sócios.

A ata da aprovação das eleições diretas, elaborada no dia 4 de dezembro, será chancelada também na reunião de hoje (29).

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