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Helicóptero que conduzia Kobe não tinha dispositivo de prevenção de impacto

Oficiais investigam a cena do acidente aéreo que matou Kobe Bryant - RINGO CHIU/REUTERS
Oficiais investigam a cena do acidente aéreo que matou Kobe Bryant Imagem: RINGO CHIU/REUTERS
do UOL

Juliana Borba

Colaboração para o UOL, em Los Angeles (EUA)

28/01/2020 22h40

Ainda é cedo para concluir se a ausência de um dispositivo de bordo que previne impactos de aeronaves no helicóptero modelo Sikorsky S-76B que se acidentou no último domingo em Calabasas, na California (EUA), vitimando o ex-jogador de basquete Kobe Bryant, teve algum papel no trágico episódio.

No entanto, o órgão federal americano que lidera das investigações, o National Transportation Safety Board (NTSB), afirmou, nesta terça-feira (28), que já havia recomendados em ao menos duas outras ocasiões que esse tipo de dispositivo se tornasse obrigatório em aeronaves do tipo e que o FAA (Federal Aviation Administration) falhou em implementá-las.

Questionado pelo UOL, o porta-voz do FAA, Igor Gregor, disse que o órgão reforça a recomendação de um sistema de alerta e reconhecimento do terreno (TAWS, na sigla em inglês) em helicópteros que atuam como ambulância.

Jennifer Homendy, porta-voz e membro do NTSB nesta investigação, também disse que, de acordo com os dados coletados até o momento, é possível dizer que o impacto foi muito forte, já que a aeronave perdeu altitude rapidamente e de forma muito íngreme, curvando para a esquerda.

A investigadora também confirmou que a aeronave estava inteira quando se chocou com uma das colinas mais baixas do terreno, mas reforçou que ainda não é possível dizer se o mergulho registrado pelo radar poderia ter sido remediado pelo piloto.

Uso de drones

O NTSB utilizou drones em parte das investigações conduzidas nesta terça-feira. Os aparelhos foram usados para documentar os destroços e a região impacto, e também foram pilotados reproduzindo parte da rota feita pelo helicóptero.

Pilotos devem determinar condições visuais

Mais cedo, Igor Gregor, confirmou ao UOL que, quando um piloto de helicóptero está voando seguindo condições visuais, precisa de uma autorização especial (SVFR, ou Special Visual Flight Rules) para transitar dentro de um espaço aéreo controlado, se as condições meteorológicas estiverem abaixo dos requerimentos para vôo visual.

No entanto, o próprio piloto é responsável por determinar se é seguro voar nas condições do momento ou nas condições previstas para aquela rota. Ao piloto também cabe determinar a visibilidade de voo. A partir do momento em que a aeronave se encontra voando em condições visuais ou sai de espaço aéreo controlado, a responsabilidade de continuar em visual é do piloto.

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