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Portas fechadas? Bruno acumula 4 tentativas, em vão, de voltar a jogar

Buda Mendes/LatinContent/Getty Images
Imagem: Buda Mendes/LatinContent/Getty Images
do UOL

Do UOL, em Santos (SP)

25/01/2020 04h00

Resumo da notícia

  • Operário-MT desistiu de contratar Bruno por conta da repercussão negativa
  • Time do Mato Grosso é mais um que não chega a um acerto com o goleiro
  • UOL Esporte lista os clubes que Bruno chegou a negociar, mas não fechou

Não foi dessa vez que o goleiro Bruno conseguiu um novo clube para jogar no mercado da bola. Nesta semana, o Operário Várzea-Grandense, do Mato Grosso, anunciou que desistiu de contratar o jogador de 35 anos por conta da repercussão negativa da torcida e da perda de patrocínios. O clube até havia feito uma proposta oficial para Bruno, mas acabou recuando.

Condenado a mais de 20 anos de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da ex-namorada e modelo Eliza Samúdio, o ex-goleiro de Flamengo e Atlético-MG vem encontrando dificuldades para voltar a atuar. Não foi a primeira vez que ele ficou perto de um acerto - ou quase isso — com uma equipe e a negociação acabou não concretizando.

O UOL Esporte relembra abaixo outros três times, além do Operário-MT, que cogitaram contratar Bruno, mas não avançaram para fechar um acordo. Vale lembrar que, após a condenação, o goleiro que cumpre pena em regime semiaberto domiciliar só atuou em jogos oficiais pelo Boa Esporte, de Minas Gerais, em 2017.

Fluminense de Feira de Santana (BA)

No começo desse ano, o Fluminense de Feira de Santana (BA) demonstrou interesse na contratação do goleiro, mas voltou atrás em virtude da repercussão negativa, especialmente depois do depoimento da jornalista Jessica Senra na TV Bahia.

Em entrevista coletiva, o presidente Ewerton Carneiro, conhecido como Pastor Tom, admitiu que o depoimento da jornalista e a indignação de torcedoras na internet fizeram a diferença para o Fluminense vetar a negociação, que estava bem encaminhada.

Poços de Caldas (MG)

O Poços de Caldas, de Minas Gerais, anunciou o goleiro como reforço em agosto do ano passado, mas o contrato acabou rescindido dois meses depois pelo fato de o clube considerar a permanência do jogador inviável por razões jurídicas e financeiras. Com a camisa do time mineiro, Bruno chegou até a atuar por 45 minutos em um jogo amador, mas não foi além disso.

"Fizemos quatro ou cinco ofícios para a Justiça e todos foram negados para que ele participasse de amistosos e do planejamento do clube. Somado a isso, estamos esperando um patrocinador que estaria enviando um depósito com o pagamento do atleta, mas ainda não aconteceu. Então, o salário está atrasado há 15 dias. O atleta achou viável rescindir por esse motivo e nós também, pelo fato de ele estar contratado e não ter como jogar. Em dois meses, o Bruno jogou 45 minutos, é inviável", argumentou na época Paulo César Silva, presidente do Poços de Caldas.

Barbalha (CE)

O Barbalha, time do Ceará, chegou a acertar as bases salarias com o atleta e a enviar um pré-contrato, mas recuou - em novembro do ano passado - depois de uma solicitação do prefeito do município, Argemiro Sampaio, que não aprovou a chegada de Bruno. Ele atuava como patrocinador do clube.

"O Barbalha Futebol Clube acredita no potencial do profissional Bruno Fernandes de Souza, e tem a plena certeza de sua recuperação e na reintegração dentro da sociedade e no futebol, nos que fazemos o esporte dentro de um pais que passa por mudanças políticas e comportamentais não podemos esquecer a nossa essência maior de um povo generoso e acolhedor, principalmente o povo Nordestino", postou o clube durante o início das conversas.

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