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Esquiva Falcão aprova cancelamento de luta na China e cogita mudar rival

Esquiva Falcão - Scott Taetsch/Getty Images
Esquiva Falcão Imagem: Scott Taetsch/Getty Images

Carlos Antunes, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

24/01/2020 16h38

Esquiva Falcão teve que adiar, ao menos por enquanto, o sonho de conquistar o título mundial silver do WBC (Conselho Mundial de Boxe). Programado para encarar Ainiwaer Yilixiati no dia 2 de fevereiro, em Haikou, na China, o brasileiro não vai ter mais esse compromisso pela frente. A explicação é que a empresa que organiza o evento, Top Rank, cancelou o show devido a epidemia do coronavírus no país asiático, que já matou, até o momento, 25 pessoas e deixou mais de 830 infectados, de acordo com autoridades locais. Apesar de destacar a vontade de lutar, o pugilista aprovou a decisão e agora cogita uma mudança radical para sua próxima apresentação, com nova data, lugar e adversário.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, o lutador revelou como foi o processo de cancelamento do show. De acordo com o atleta, que atualmente mora em Los Angeles (EUA), essa foi a melhor atitude da organização. Esquiva admitiu que estava ciente do risco que corria ao ir para um país que sofre com a possibilidade de uma epidemia de uma doença que ainda não conta com vacina desenvolvida.

"Meu manager Sergio Batarelli me ligou falando para eu não viajar, nem ir para o aeroporto. Ele disse que a Top Rank ia cancelar o evento por conta do vírus lá, que está muito grave, algumas pessoas já morreram, várias estão contaminadas. Então seria para não botar minha saúde em risco. Acabou que eles cancelaram. Fiquei um pouco triste, porque queria lutar, valia cinturão, e um pouco feliz, porque vi o quanto eles se preocupam com a saúde dos lutadores. Ganharam pontos comigo", explicou o medalhista de prata da Olimpíada de Londres, em 2012.

O duelo entre Esquiva e Ainiwaer Yilixiati também contava como uma espécie de eliminatória para ver quem chegaria mais perto de lutar pelo cinturão da categoria dos médios, que atualmente está em poder do americano Jermall Charlo. Por conta desse cancelamento, o brasileiro confia que também vai ter seu adversário alterado, quando a empresa decidir quando será o novo evento e tem uma explicação para acreditar nisso.

"Ainda estão decidindo (nova data e local). Estou ansioso esperando. Mas continuo treinando forte. Não falaram a data e o local ainda, mas espero que seja aqui nos Estados Unidos ou no Brasil. Para mim seria maravilhoso (risos). Não me falaram nada de mudança de adversário, mas acredito que vai mudar tudo. O chinês não vai querer ir para os Estados Unidos. Lutando na casa dele seria melhor para ele em tudo, então vindo para cá, vai ter prejuízo nessa questão. Por isso estou achando que vai acabar mudando tudo", revelou o pugilista, já dizendo quem gostaria de enfrentar caso o chinês realmente seja retirado deste confronto.

"Eu sou o número cinco do ranking da WBC. Tem o Jaime Munguía, que lutou recentemente, era o campeão da categoria de baixo e agora está na terceira posição. Seria uma boa luta. Ele também quer o cinturão, então seria uma boa eliminatória para isso. Eu queria essa luta. Acho que seria uma boa", completou o lutador de 30 anos.

Esquiva iniciou sua trajetória no boxe profissional em 2014 e desde então acumula 25 vitórias, sendo 17 por nocaute, e nenhuma derrota em seu cartel. Ainda como pugilista amador, o capixaba conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Londres, em 2012.

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