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Se divertir e ganhar, os objetivos de Antetokounmpo e da NBA em Paris

23/01/2020 13h22

Paris, 23 Jan 2020 (AFP) - O gigante entra na sala com os joelhos enfaixados com gelo e um sonoro "Bonjour!" aos jornalistas. Giannis Antetokounmpo, estrela do Milwaukee Bucks, reconheceu ter pouco tempo para aproveitar Paris, onde se encontra com sua equipe para enfrentar o Charlotte Hornets.

Líderes da Conferência Leste, os Bucks tinham acabado de treinar na quadra da AccordHotels Arena, onde nesta sexta-feira será disputada a primeira partida da NBA na França.

Durante uma sessão de treino descontraída, Antetokounmpo, de 25 anos e eleito melhor jogador da NBA na última temporada, só mostrou seriedade ao treinar os arremessos de três pontos, talvez a única fraqueza de seu jogo. "Eu gosto de melhorar, isso me permite abrir mais a quadra e quanto mais confortável estiver, mais tentarei de três", explicou aos jornalistas.

- Você conseguiu encontrar um equilíbrio entre jogar uma partida oficial e poder passear por Paris por alguns dias?

"Falava disso com meu irmão (Thanasis, que também jogo nos Bucks). Você tá aqui, um lugar sinônimo de férias, mas precisa jogar uma partida oficial. Você vê todos os fãs, a expectativa, a imprensa... Temos um trabalho a fazer, então precisamos estar concentrados".

- Como a equipe se adapta a uma viagem tão longa? Puderam passear pela cidade?

"A aclimatação é boa, o problema é o jet lag, é difícil dormir à noite. Mas tivemos tempo para nos recuperar e descansar. Não pude passear muito pela cidade, mas muitas pessoas me reconhecem. Tudo bem, faz parte da experiência, gosto de estar aqui. Há alguns anos eu estive aqui com minha namorada e fomos à Torre Eiffel, ninguém me conhecia na época. Tenho que voltar aqui sozinho, a cultura é incrível. Voltarei".

- Vocês visitaram o Parque dos Príncipes. Você gosta de futebol?

"Gosto muito. Quando era criança eu torcia para o Arsenal, joguei futebol dos 9 aos 12 anos, depois me dediquei ao basquete. No Fifa (videogame) eu sempre escolhia o PSG, quando Ibrahimovic jogava aqui. Quando surgiu a possibilidade de ir ao estádio, não hesitei. Neymar e Mbappé não estavam lá, mas foi divertido. Conhecemos a história, fomos ao vestiário e brincamos com a bola. Foi uma experiência bonita e ainda ganhamos camisas".

- De pais nigerianos, nascido e criado na Grécia. Podemos dizer que você é uma das bandeiras da globalização da NBA?

"Com certeza, sou um desses garotos mais 'globais' da NBA, mas já houve muitos no passado. Não começou comigo, foi com Drazen Petrovic ou Toni Parker. A NBA está fazendo um grande trabalho para se expandir com os jogos em Londres, agora em Paris, e esperamos que em outros países futuramente. Isso permite que a NBA fique acessível para muita gente".

- Ontem foi a estreia na NBA de Zion Williamson -22 pontos em 18 minutos-, o garoto de 19 anos que promete ser a futura grande estrela da NBA. O que você achou?

"Eu sabia que ele ia estrear, mas não pude assistir porque era tarde aqui. Quando acordei vi os melhores momentos e vi que ele marcou 17 pontos em quatro minutos, foi incrível. Fico muito feliz por ele, conseguiu voltar a jogar (depois da lesão). É preciso dar tempo, ele vai ser um monstro, mas tem que ir passo a passo, dia a dia, e ter saúde".

pm/psr/am

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