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Colby revela que adotou o 'trash talk' para evitar demissão do UFC: "Salvou minha carreira"

Ag. Fight

09/12/2019 15h12

Após o sucesso de Conor McGregor, Colby Covington talvez seja o atleta do UFC que melhor se inseriu no estilo provocador fora dos octógonos. No entanto, de maneira surpreendente, o falastrão americano revelou que só adotou esta postura para evitar sua demissão da maior liga de MMA do planeta. 'Chaos', como é conhecido, destacou que foi o 'trash talk' que salvou sua carreira na companhia. E tudo começou no Brasil, em duelo diante de Demian Maia.

Na ocasião, em outubro de 2017, Covington superou Demian por decisão unânime após os três rounds programados para a disputa. No entanto, o americano realmente ganhou notoriedade pelo que fez após o confronto. Ainda no octógono, o meio-médio (77 kg) polemizou ao ofender os torcedores brasileiros presentes na Arena, em São Paulo, e chamá-los de 'animais imundos'.

A atitude gerou diversas críticas na época, mas, de acordo com Colby, foi essa postura que o salvou de uma iminente demissão do UFC. E do ponto de vista desportivo, também foi a partir daquele duelo contra Demian Maia que a carreira do falastrão americano despontou. Afinal de contas, logo em seguida, Chaos encarou Rafael Dos Anjos - em disputa já válida pelo cinturão interino até 77 kg do Ultimate.

"Nunca contei essa história antes, mas três lutas atrás, antes de eu lutar com o cara que era número 2 do mundo, chamado Demain Maia, no Brasil, eles (UFC) disseram ao meu empresário Dam Lambert que nã0 iriam renovar comigo. Não gostavam do meu estilo, não gostavam porque eu não estava entretendo. Isso foi antes de eu realmente me tornar um cara que entretém, e compreender a lógica e o aspecto do entretenimento nesse negócio. Antes dessa luta eles disseram que não importava o que acontecesse - eu era o número 6 do ranking -: 'Não vamos renovar seu contrato, não gostamos do seu personagem, nem do seu estilo de luta'. Estava sendo pago 30 mil dólares para lutar contra o número 2 do mundo. Depois que você lida com impostos e paga seus treinadores, sobre apenas uns 5 ou 10 mil dólares", relembrou Colby, antes de detalhar sua postura na época.

"Então fui lá e dei uma surra nele e o deixei em uma piscina de sangue em São Paulo, sua cidade natal. Então gritei para a multidão brasileira e disse: 'Vocês são um monte de animais imundos e o Brasil é uma m***'. Dei essa disparada promocional, mas não teria meu emprego mais de qualquer forma. Mas a minha atitude viralizou tanto na internet que o UFC ficou tipo: 'Temos que mantê-lo. Temos que renovar com ele porque a promoção disso ficou gigante'. Então foi isso que salvou minha carreira e foi o ponto de virada de chave nela, e o resto é história", completou Colby, em participação no programa 'The Candace Owens Show'.

Desde o episódio polêmico no Brasil, Covington apostou ainda mais em um 'personagem' provocador, a fim de se autopromover na organização. Seu próximo adversário, inclusive, já é considerado um desafeto do americano, mesmo sem os dois terem se enfrentado no passado. Kamaru Usman, atual campeão meio-médio (77 kg) do UFC defende seu cinturão contra Colby no próximo sábado (14), em Las Vegas (EUA). A disputa é uma das mais repletas de rivalidade e animosidade da temporada.

 

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