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Árbitro relata ofensas de assessor da presidência do São Paulo no Morumbi

Vitor Bueno e Rodrigo Lindoso dividem a bola no duelo entre São Paulo x Internacional - Bruno Ulivieri/Agif
Vitor Bueno e Rodrigo Lindoso dividem a bola no duelo entre São Paulo x Internacional Imagem: Bruno Ulivieri/Agif
do UOL

Bruno Grossi

Do UOL, em São Paulo

05/12/2019 13h40

O São Paulo bateu o Internacional por 2 a 1 e garantiu vaga na fase de grupos da Copa Libertadores da América. Mas o fim do jogo no Morumbi não foi só de festa e alívio. Já no caminho para os vestiários, o trio de arbitragem foi abordado por um membro da diretoria do Tricolor, o assessor da presidência Marcio Carlomagno, com gestos obscenos e palavrões.

O árbitro Bráulio da Silva Machado avisou no momento que registraria o incidente na súmula e confirmou esse alerta. O documento, divulgado hoje pela manhã no site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mostra a versão do juiz sobre o episódio envolvendo o cartola do São Paulo:

"Informo que no momento em que a equipe de arbitragem se dirigia para vestiário, dentro da área mista, foi abordada pelo Sr. Marcio
Carlomagno Araújo, assistente da presidência da equipe São Paulo Futebol Clube, que proferiu as seguintes palavras de forma ofensiva para a
equipe de arbitragem: 'Eles tentaram mas não conseguiram, esses pau no cu'. Após, mostrando o dedo médio, proferiu ainda as seguintes
palavras: 'Tentaram roubar mas não conseguiram, vão se foder'.

Em casos como esse, dirigentes podem ser punidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com suspensões medidas em dias. As penas envolvem não circular em áreas de competição durante as partidas, como zona mista, vestiários e salas de imprensa.

Marcio Carlomagno é conselheiro e, neste ano, se tornou assessor remunerado da presidência. Ele é um dos aliados mais próximos do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva e precisou pedir licença do Conselho Deliberativo para poder ter esse cargo com salário.

Outro que pode ser julgado é o preparador físico Pedro Campos, que assinou a súmula como auxiliar de Márcio Araújo, já que o real assistente comandou o São Paulo diante da suspensão de Fernando Diniz. Campos, segundo Bráulio da Silva Machado, gritou "acaba essa merda, seu filho da puta" durante os acréscimos e acabou expulso após o fim da partida.

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