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Sampaoli pode definir futuro em reunião na próxima semana com Autuori

Jorge Sampaoli observa o clássico entre Santos e São Paulo na Vila Belmiro - Bruno Ulivieri/AGIF
Jorge Sampaoli observa o clássico entre Santos e São Paulo na Vila Belmiro Imagem: Bruno Ulivieri/AGIF
do UOL

Eder Traskini

Colaboração para o UOL, em Santos

17/11/2019 04h00

Resumo da notícia

  • Sampaoli deve se reunir com Autuori na próxima semana para definir futuro no Santos
  • Técnico se preocupa com declarações do presidente Peres sobre situação financeira e busca por títulos
  • O argentino não quer perder os jogadores que já estão adaptados ao seu esquema, mas Peres afirmou que o Peixe equilibrar as contas
  • Sampaoli tem contrato com o Santos até o final de 2020, mas não garante que fica para a próxima temporada

O técnico Jorge Sampaoli deve se reunir com o Superintendente de Futebol Paulo Autuori na próxima semana para definir seu futuro no Santos. O argentino tem contrato até o final de 2020, mas não sabe se continuará no clube por divergências de planejamento.

O presidente José Carlos Peres deu declarações de que o Santos irá em busca de títulos na próxima temporada, mas, ao mesmo tempo, afirmou que o clube investirá menos e precisará vender jogadores para equilibrar as contas. Sampaoli vê as duas declarações como conflitantes.

"Antes do clássico, adiamos reunião com o Paulo Autuori. Para ele manifestar seu ponto de vista e eu o meu, analisando o ano para saber se há possibilidade de estarmos juntos no projeto do Santos 2020. Devemos ter a reunião na próxima semana. Ideia é se classificar para a Libertadores, objetivo importante para clube e cidade. Veremos se essa semana teremos reunião para ver algo", disse Sampaoli.

Para o técnico argentino, o Santos precisa tomar uma decisão. O argentino não quer vender um "falsa ilusão" de títulos para o torcedor santista. Ele teme, sem peças e tendo que remontar novamente o elenco, ser criticado e acabe deixando o clube após uma sequências de derrotas.

"Clube tem que definir a postura para meu segundo ano. Não posso estar pendente de um sonho sem outorgar o que a torcida quer. Se posso continuar onde gosto e tenho projeto bom, não há motivo para não ficar. Depende do planejamento e se coincide. Amanhã esse carinho se transformará em ódio se não ganharmos. Não quero que digam que sou mau, por isso temos que ganhar sempre, ou ao menos com jogadores baseados num estilo. Se não posso dar o que a torcida quer, não posso ficar", afirmou.

Em outras oportunidades, Sampaoli já havia afirmado ser "incapaz" de fazer novamente o que fez nesta temporada: implantar a ideia em novos jogadores. O argentino quer a continuidade dos atletas já adaptados à ideia de jogo e imagina reforços.

"Se constrói em estilo acima das individualidades. Jogadores se adaptaram mais ou menos. É um grande aprendizado no primeiro ano. Para provocar uma possibilidade de brigar como faz Flamengo ou elencos que se reforçaram com nomes de hierarquia, imagino que até ano passado era Rodrygo, Gabriel Barbosa e Bruno Henrique. Ausências foram substituídas com jogadores de bom ano como Marinho, Soteldo e Sasha. Temos que ir além dos números próprios. Nenhum sistema se sustenta sem nomes próprios. Encontrar substitutos é muito difícil. Quando cheguei ao Brasil não tinha claro como era o futebol como tenho hoje. Tenho claro na cabeça que se não acertamos o elenco, tudo muda em três partidas. A história toda muda", definiu.

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