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Por que mudanças de Carille são questionadas internamente e incomodam

O técnico Fábio Carille é questionado internamente, mas não deve ser demitido no Corinthians - Marcello Zambrana/AGIF
O técnico Fábio Carille é questionado internamente, mas não deve ser demitido no Corinthians Imagem: Marcello Zambrana/AGIF
do UOL

Samir Carvalho

Do UOL, em São Paulo (SP)

18/10/2019 04h00

Resumo da notícia

  • Escalações e, principalmente, substituições de Carille nos jogos, incomodam bastante no clube paulista
  • Alterações de Fábio Carille não treinadas durante a semana irritam internamente
  • Mauro Boselli ganhou mais moral no elenco ao questionar esquema tático do time. Argentino foi considerado um representante dos insatisfeitos

O clima nunca esteve tão ruim para o técnico Fábio Carille no Corinthians. Segundo apurou o UOL Esporte, o treinador teve até as suas mudanças contra o Goiás e nos últimos jogos questionadas internamente e até por conselheiros que visitam o clube paulista em dias de treinamentos.

Além da retranca demasiada, Carille é questionado por falta de coerência na escalação e, principalmente, nas mudanças que realiza na equipe. Contra o Goiás, por exemplo, a reportagem apurou que o time que entrou em campo com sete mudanças só havia feito um rápido treino tático antes de "estrear".

No entanto, a crítica aumenta ainda mais quando o assunto é substituição durante os jogos. É unanimidade no clube que Carille não treina na semana as alterações que realiza nos jogos. As entradas de Jadson, Vagner Love e Régis em Goiânia servem de exemplo e irritaram bastante os profissionais do clube.

Outra reclamação constante dentro do clube é que os treinos de Carille são repetitivos. O famoso "treino fantasma", sem um time adversário, utilizado pelo técnico, é visto como defasado por jogadores e profissionais. Alguns citam que Tite realizava este tipo de treinamento há mais de dez anos.

Se não bastasse, o ambiente com os atletas não é dos melhores, apesar de não haver exposição por quase nenhum deles em público. No entanto, internamente, Mauro Boselli ganhou muita moral no grupo ao conceder "entrevista sincera" e questionar o esquema tático do time.

No elenco, o argentino foi visto como uma espécie de representante dos jogadores insatisfeitos, principalmente aqueles que nunca jogam ou que entram de vez em quando nas partidas.

Já a entrevista de Carille após a derrota no clássico contra o São Paulo não caiu bem. Nos bastidores do clube todos concordam que os atletas, inclusive, Boselli, foram pedidos do treinador. E o fato de ele citar as tentativas frustradas para contratar Gabigol e Rodriguinho também irritou.

Posse de Bola: Carille "sincerão" incomoda

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Além de escalações e parte tática, o desempenho físico do Corinthians também começou a ser questionado internamente. Para muitos no clube, o time de Carille cai fisicamente a partir dos 30 minutos do primeiro tempo. Por curiosidade, o período em que o Timão esteve na frente do placar contra o Goiás.

Até sofrer o gol de Michael aos 36 minutos de jogo, o Corinthians jogou em velocidade, marcou alto/pressão a saída do adversário, foi intenso, mas tudo isso acabou após o gol do camisa 11 do Goiás.

Apesar de todas insatisfações em relação a Fábio Carille, é unanimidade também nos bastidores do clube paulista que o treinador não será demitido.

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