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Sem nenhuma força feminina dominante, Aberto dos EUA está indefinido

24/08/2019 15h56

Por Rory Carroll

(Reuters) - Pelo menos 10 mulheres diferentes têm chances reais de levantar o troféu da próxima edição do Aberto dos Estados Unidos, incluindo a melhor de todos os tempos, Serena Williams, e da bem-sucedida adolescente Bianca Andreescu.

É essa a opinião da ex-número um do mundo Chris Evert, que disse na sexta-feira que sem uma força dominante na competição, é a profundidade do tênis feminino que deverá ser celebrada. 

Enquanto a competição masculina parece estar centrada em uma disputa entre os três favoritos Roger Federer, Rafa Nadal e Novak Djokovic, o torneio feminino está relativamente em aberto. 

"Há provavelmente entre oito e dez mulheres que poderiam vencer o título, e isso é algo que temos dito nos últimos dois anos", disse Evert a jornalistas em uma teleconferência. 

"O tênis feminino não é dominado por ninguém. A história é a profundidade do jogo e temos que admirar isso e celebrar".

Pressionada a escolher uma favorita, Evert disse que Williams, que busca seu record de 24 conquistas de Grand Slams, está no topo da lista. 

A hexacampeã do Aberto dos EUA chegou à final de Wimbledon em julho mas sua temporada na quadra dura foi limitada a um torneio, a Copa Rogers, em Toronto, onde foi forçada a abandonar a competição na final contra Andreescu após sentir espasmos musculares nas costas. 

Evert disse que o público de Nova York poderia impulsionar a norte-americana a conseguir o que precisa para vingar sua derrota para a japonesa Naomi Osaka, na polêmica final em Flushing Meadows no ano passado. 

"Serena sempre vem aparece em primeiro porque eu acredito que uma Serena em boa forma ainda irá vencer todo mundo", disse a ex-atleta, vencedora de 18 torneios de Majors, incluindo 6 títulos no Aberto dos EUA. 

"Ela vai conseguir o vigésimo quarto título de algum jeito. Eu realmente acredito nela", acrescentou Evert, enquanto reconhecia que a janela de oportunidades pode se fechar em breve para a atleta de 37 anos, enquanto jovens como Andreescu continuam a melhorar. 

MAIOR PERGUNTA

A maior pergunta em torno da canadense Andreescu, que tem apenas 19 anos, é sobre sua saúde, enquanto ela se recuperava de problemas nas costas, pernas e ombro. 

Ela venceu o torneio de Indian Wells em março, mas se retirou nas oitavas-de-final do Aberto de Miami com uma lesão no ombro. 

A canadense não jogou novamente até Roland Garros, onde venceu uma partida após desistir de novo com problemas no ombro, que lhe tiraram inteiramente da temporada de grama, incluindo do torneio de Wimbledon. 

Andreescu venceu a Copa Rogers no ínicio do mês, mas se retirou antes do Aberto de Cincinatti, citando fadiga. 

"Eu estou um pouco preocupada com sua forma, se ela continuará se machucando, mas eu amo o jogo dela", disse Evert. "Ela joga um tênis direto, e eu amo essa agressividade". 

A norte-americana de 24 anos Madison Keys, que chegou à final do Aberto dos EUA em 2017 e venceu o Aberto de Cincinnati no domingo, joga com mais maturidade, o que a torna ainda mais perigosa, disse Evert. 

O Aberto dos EUA começa na próxima segunda-feira.

(Reportagem de Rory Carroll em Los Angeles)

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