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Cuca elogia Jesus e Sampaoli e defende técnicos locais: "não somos burros"

Cuca, tecnico do Sao Paulo, durante partida contra o Athletico-PR pelo Campeonato Brasileiro - Gabriel Machado/AGIF
Cuca, tecnico do Sao Paulo, durante partida contra o Athletico-PR pelo Campeonato Brasileiro Imagem: Gabriel Machado/AGIF
do UOL

Do UOL, em São Paulo

23/08/2019 19h09

O técnico Cuca, do São Paulo, se mostrou favorável à presença de treinadores estrangeiros no futebol brasileiro. O comandante tricolor citou Jorge Sampaoli, do Santos, e Jorge Jesus, do Flamengo, como exemplos.

"Sou a favor. Esses caras agregam muito ao futebol e têm ideias diferentes. Sampaoli tem ideias diferentes, diversos esquemas e formas de jogar, além da marcação recuperando a bola. O Jorge Jesus também tem ideias, conceitos, já vivenciou muitas coisas na Europa. Claro que isso vai agregar e ensinar muito, principalmente a nova safra de treinadores que estão aparecendo no nosso cenário", disse em entrevista à ESPN Brasil.

Cuca ainda saiu em defesa dos treinadores brasileiros. Ele torce para que os técnicos daqui tenham mais espaço e sucesso no futebol europeu.

"Sou favorável que tenha mais mercado e que os brasileiros consigam sair. Quando sai um treinador, torço tanto para ir bem, porque vai abrir porta para nós. Quando ele vai mal, eu fico triste, porque está fechando porta para nós. Também temos um bom mercado, não somos burros", afirmou.

"Estudamos, mas a cobrança é grande também para sempre ser o certo. Tem dias que não deu certo por uma razão ou outra, não adianta no meio tempo do jogo eu ir lá e falar para fazer assim, porque o outro lado está vendo também. A gente tem que conhecer o adversário, o treinador e quais são as ideias dele. Já tem que pensar com a cabeça do outro treinador, e a competitividade entre nós é muito grande também. Quando eu perco, eu não durmo, fico doente. A maioria é assim", acrescentou.

De acordo com o treinador do São Paulo, o espaço na Europa pode ser maior tanto para os jovens técnicos brasileiros quanto para os mais velhos.

"Torço muito para que saia um ou dois treinadores para que a gente exporte nosso produto. Vamos ver se agora com o curso que vou fazer em dezembro, ele representa alguma coisa a mais para nós. De repente, podemos ter uma fama um pouco melhor lá, porque nosso produto é bom, não só da velha guarda. A imprensa, em algum momento, apareceu falando que era a hora dos dinossauros, aí foram tirados e voltaram. Tem os velhinhos, e a jovem guarda subindo. O ideal é ter o equilíbrio, para daqui a pouco a gente parar", declarou.

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