LDU e Boca se enfrentam na altitude pelas quartas de final da Libertadores
Quito, 20 Ago 2019 (AFP) - A LDU, o único time equatoriano que conquistou a Copa Libertadores, vai receber nesta quarta-feira o Boca Juniors, seis vezes campeão do torneio, em uma partida de grande expectativa pela ida das quartas de final.
A campanha da 'U' reacende a esperança de sua torcida por um novo título, já que voltou a alcançar esta fase depois de onze anos. Em 2008 eliminou o também argentino San Lorenzo nas quartas de final e seguiu a trajetória rumo a seu primeiro título internacional, que foi seguido pelas conquistas da Sul-Americana de 2009 e da Recopa Sul-Americana em 2009 e 2010.
O jogo contra o poderoso clube de Buenos Aires, uma das potências do continente, fez com que as ingressos, com preços que variam de 30 a 45 dólares, se esgotassem. O estádio, localizado no norte de Quito tem capacidade para cerca de 40 mil pessoas.
1. Reforços da Roma e do ManchesterO que não faltam são motivações para esse jogo de ida. Cada equipe conta com recentes contratações que sacudiram o mercado de transferências de cada país.
O Boca contratou o volante italiano Daniele De Rossi (ex-Roma), que já se tornou ídolo da torcida com apenas duas partidas disputadas.
A LDU já fez sua parte ao contratar o veterano ala Antonio Valencia, jogador que acumulou uma década de sucesso no Manchester United, onde foi capitão.
A presença de De Rossi no time titular é pouco provável, como deu a entender o técnico Gustavo Alfaro. "Daniele ainda não está no ponto, mas podemos notar sua qualidade", disse.
De Rossi "é um grande jogador. É claro que sei quem é, mas nunca disputamos uma partida. Será a primeira vez e esperamos que o triunfo fique em casa", declarou Valencia.
2. Bola rápidaSobre a disputa em Quito, a cerca de 2.850 metros acima do nível do mar, Alfaro deu importância ao ritmo ditado por quem tem a posse de bola na altura, onde o Boca já jogou pela atual edição da Libertadores. "A velocidade da bola nos custou", afirmou ele.
Para se adaptar à altitude da capital equatoriana, o elenco argentino se instalou desde segunda-feira em Quito, sem que isso descarte a possibilidade de que a condição aeróbica dos jogadores seja afetada.
"É preciso colocar uma equipe que seja rápida, que tenha a capacidade de manter a bola", apontou o técnico, que em 2008 - quando comandava o argentino Arsenal - sofreu uma goleada de 6 a 1 no estádio da LDU pela primeira rodada da Libertadores.
3. Pressionar o Boca O técnico da LDU, o uruguaio Pablo Repetto, sabe como enfrentar e vencer a Boca. Em seu currículo ele já eliminou a equipe argentina nas semifinais da Libertadores de 2016, quando comandava o também equatoriano Independiente del Valle, que depois se tornou vice-campeão dessa edição.
A LDU quer "fazer uma grande partida", disse Repetto, acrescentando que "é a esperança que temos. O Boca é um grande adversário".
Entre os equatorianos, a principal novidade será a ausência do meia Jhojan Julio por expulsão. A primeira opção que surge é o criativo Andrés Chicaiza, que tem sido fundamental em suas participações diante do Flamengo e do paraguaio Olimpia.
O duelo está marcado para as 19h15 (pelo horário de Brasília) de quarta-feira e terá o colombiano Wilmar Roldán como árbitro, acompanhado por seus compatriotas Alexander Guzmán e Dionisio Ruiz como auxiliares.
O jogo de volta será disputado no dia 28 de agosto no estádio La Bombonera, em Buenos Aires.
Possíveis escalações:
LDU: Adrián Gabbarini - Antonio Valencia, Franklin Guerra, Carlos Rodríguez, Christian Cruz - Jefferson Orejuela, Édison Vega, Andrés Chicaiza, Adolfo Muñoz - Ánderson Julio e Rodrigo Aguirre. Técnico: Pablo Repetto.
Boca Juniors: Esteban Andrada - Marcelo Weigandt, Carlos Izquierdo, Lizandro López, Emmanuel Mas - Nicolás Capaldo, Iván Marcone, Eduardo Salvio, Alexis Mac Allister - Mauro Zárate e Ramon Ábila. Técnico: Gustavo Alfaro.
dsl/sp/ol/aam
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