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Pontas do Corinthians explicam escassez de gols: "Ficamos muito atrás"

Clayson e Pedrinho tentam diminuir influência das preocupações defensivas na conclusão de jogadas - Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians
Clayson e Pedrinho tentam diminuir influência das preocupações defensivas na conclusão de jogadas Imagem: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians
do UOL

Arthur Sandes

Do UOL, em São Paulo

23/07/2019 11h33

Em entrevista coletiva na manhã de hoje, no CT Joaquim Grava, Pedrinho e Clayson explicaram os motivos de marcarem poucos gols pelo Corinthians. Na visão de ambos, o estilo de jogo alvinegro muitas vezes os afastam da área adversária por causa das obrigações defensivas.

"Nós nos cobramos bastante [por gols], mas sabemos que no Corinthians é diferente: os pontas aqui não costumam fazer muitos gols", explica Pedrinho, que anotou três em 2019. "Por marcarmos muito e estarmos defensivamente muito atrás, é muito difícil para nós chegar e concluir em gol. Mas o Carille tem nos cobrado, e estamos evoluindo cada dia mais", pondera o meio-campista, que faz papel de ponta direita no Timão.

Clayson fez seu quarto gol na temporada no último domingo (21), no empate por 1 a 1 contra o Flamengo, mas de pênalti. Ele engrossa o discurso do companheiro, explicando como o modelo tático adotado por Fábio Carille - e seus antecessores - prioriza a ocupação de espaços nos lados do campo.

"O Corinthians tem um sistema defensivo muito bem definido há anos, e temos que cumprir nossas funções táticas. Então às vezes estamos muito longe do gol, mas faz parte, estamos acostumados", diz o atacante, lembrando que não dependem da conclusão para ajudar na construção das jogadas. "Não é só para marcar gols, podemos contribuir com assistências, com força no ataque."

A dupla soma sete gols e sete assistências em 2019, sendo os preferidos de Carille para os lados do ataque. Eles devem ser mantidos na escalação para o duelo contra o Montevideo Wanderers (URU), na quinta-feira (25), no jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana. O mata-mata, avaliam Pedrinho e Clayson, é o caminho curto para mais um título na temporada.

"Sabemos da dificuldade do Brasileirão, mas a Sul-Americana é mais curta, tem menos jogos, então é o caminho que podemos traçar para ser campeão", resume Pedrinho, ao que Clayson acrescenta "É mata mata, temos que ter ainda mais gana para brigar pelo título".

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