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Cavani marca de cabeça no fim, Uruguai vence e avança em 1º no grupo C

24/06/2019 21h58

Rio de Janeiro, 24 jun (EFE).- No jogo com maior presença de público da fase de grupos da Copa América, com 57.442 pessoas presentes no Maracanã, no Rio de Janeiro, o Uruguai venceu o Chile por 1 a 0 nesta segunda-feira e se classificou para as quartas de final na liderança do grupo C, deixando o atual bicampeão em segundo lugar.

A partida foi bastante equilibrada e empolgante, embora com poucas chances reais de gol e quase sem jogadas bonitas. No fim, quem decidiu foi Edinson Cavani, com um bonito gol de cabeça na parte final do confronto.

Não é de hoje que Cavani é personagem central do confronto. Em 2015, as duas seleções se enfrentaram pelas quartas de final da Copa América no Chile, e a então anfitriã levou a melhor também por 1 a 0 - na ocasião, o centroavante levou uma dedada de Jara no ânus. Hoje, foi um dos mais vaiados pelos torcedores de 'La Roja', em maior número no Rio.

Nas quartas, a 'Celeste', maior campeã da história do torneio, com 15 troféus, jogará contra o Peru, terceiro colocado do grupo A. A partida acontecerá no próximo sábado, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Já a atual bicampeã, que ficou com seis pontos, um a menos que o adversário de hoje, terá pela frente a Colômbia, líder do grupo B, já na próxima sexta, na Arena Corinthians, em São Paulo.

Reinaldo Rueda escalou o Chile com três zagueiros e equipe mista, com destaque para a ausência do meia Vidal. A dupla de ataque, no entanto, foi a titular, com Vargas e Sánchez.

No Uruguai, a principal baixa foi o lateral-esquerdo Laxalt, que sentiu a coxa no empate com o Japão em 2 a 2, na última quinta. Com isso, Giovanni González entrou na direita, e Cáceres foi deslocado para o outro lado. Além disso, o meia Arrascaeta, do Flamengo, ganhou uma oportunidade entre os titulares na vaga de Torreira.

Para alegria da torcida chilena, em maior número e mais barulhenta no Maracanã, 'La Roja' começou com a iniciativa, e Aránguiz colocou Muslera para trabalhar logo aos nove minutos de partida. Sánchez preparou de calcanhar para o ex-volante do Internacional, que soltou uma bomba de fora da área, mas o goleiro do Galatasaray caiu e defendeu.

Não demorou muito para a situação se inverter e a 'Celeste' dar um calor nos atuais bicampeões. Aos 18 minutos, Suárez ajeitou para chute forte de Arrascaeta, mas a bola subiu muito e saiu. Aos 21, o próprio 'Luisito' partiu livre e driblou Arias, mas ficou sem ângulo e preferiu insistir na jogada em vez de rolar para Lodeiro, ganhando o escanteio.

O primeiro tempo foi de grande alternância, e depois de um pouco de domínio de cada seleção, o duelo ficou amarrado, com algumas faltas, e esfriou. Um novo lance de perigo aconteceu apenas aos 35, quando Aránguiz levantou buscando Vargas, que, no entanto, não pegou em cheio de cabeça. A defesa afastou.

A resposta da 'Celeste' foi dada aos 42, em bonita tabela entre Cavani e González, que gerou um escanteio. Arrascaeta bateu, a bola passou por Cavani e ficou limpa na primeira trave para Cáceres, que arrematou para fora.

Os times voltaram do vestiário animados, e antes de três minutos já houve uma finalização perigosa para cada lado. Godín cabeceou livre depois do escanteio, mas o goleiro Arias encaixou no chão. Já Sánchez cortou da esquerda para o meio e tirou tinta do travessão.

Em outra cobrança de córner, desta vez do lado esquerdo de ataque do Chile, aos 11 minutos, Vargas desviou de calcanhar na primeira trave e Pulgar surgiu livre, mas deu de joelho e mandou à esquerda da meta. Três minutos depois, Suárez deixou Opazo na saudade na ponta direita e deu para Arrascaeta, que bateu fraco e facilitou o trabalho de Arias.

Com o passar do tempo, 'La Roja' ganhou território, enquanto o Uruguai esperava para contra-atacar. Aos 24 minutos, Opazo cruzou da esquerda, e Díaz cabeceou tirando de Muslera, mas Giménez salvou em cima da linha.

Cada vez mais truncado, o jogo parecia fadado ao 0 a 0, mas apareceu o faro de gol de 'El Matador'. Aos 36, Suárez abriu na ponta esquerda para Rodríguez, que havia acabado de entrar. O meia levantou, Cavani subiu com estilo e cabeceou no cantinho direito para abrir o placar.

A partir de então, o que se viu foi muita falta e pouco futebol. O Chile ainda fez uma última investida, aos 47, em chuveirinho de Sánchez, mas o árbitro brasileiro Raphael Claus marcou falta de Fernandes em Muslera.

Ficha técnica:.

Chile: Arias; Medel (Lichnovsky), Jara (Castillo) e Maripán; Díaz, Aránguiz, Pulgar, Hernández e Opazo; Vargas (Fernandes) e Sánchez. Técnico: Reinaldo Rueda.

Uruguai: Muslera; Giovanni González, Godín, Giménez e Cáceres; Valverde (Coates), Bentancur, De Arrascaeta (Rodríguez) e Lodeiro (Nández); Suárez e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.

Árbitro: Raphael Claus, auxiliado por Marcelo Van Gasse e Kléber Lucio Gil.

Cartão amarelo: González (Uruguai).

Gol: Cavani (Uruguai).

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro. EFE

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