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Ameaçada, Argentina luta contra tabu e fica perto do maior jejum brasileiro

Argentina de Messi começou a Copa América com derrota para a Colômbia - REUTERS/Luisa Gonzalez
Argentina de Messi começou a Copa América com derrota para a Colômbia Imagem: REUTERS/Luisa Gonzalez
do UOL

Diego Salgado, José Edgar de Matos e José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

19/06/2019 04h00

A Argentina começou a Copa América com o objetivo de colocar fim ao incômodo jejum de 26 anos sem títulos. A derrota para a Colômbia logo na estreia aumentou a pressão sobre o time argentino, que volta a campo hoje para enfrentar o Paraguai. O duelo será às 21h30 (horário de Brasília), no Mineirão, em Belo Horizonte.

A última vez que a Argentina se sagrou campeã foi em 1993, na Copa América disputada no Equador. O tabu, assim, aproxima-se da maior seca vivida pela seleção brasileira, que ficou 27 anos sem título entre 1922 e 1949. Se os argentinos não vencerem a atual edição da Copa América, terão nova chance na edição no ano que vem, que terá Argentina e Colômbia como sedes.

Desde o título continental de 26 anos atrás, a seleção principal da Argentina ficou perto de ser campeã em sete oportunidades. Foram quatro derrotas em finais de Copa América (2004, 2007, 2015 e 2016), duas da Copa das Confederações, em 1995 e 2005, e uma da Copa do Mundo, em 2014.

Vale lembrar que a seleção olímpica argentina conseguiu vencer os torneios de futebol dos Jogos de Atenas, em 2004, e Pequim, em 2008. Na China, Messi, Mascherano, Agüero, Di María e Riquelme faziam parte no time. A seleção principal, por sua vez, amargou a seca mesmo com a passagem deles pela equipe.

Na campanha do título da Copa América de 1993, a Argentina ainda contava com alguns atletas da seleção vice-campeã mundial em 1990, como o goleiro Goycochea. Já o zagueiro Ruggeri participara até da campanha do título mundial de 1986, no México. A equipe também tinha Simeone, Redondo e Batistuta, que fez dois gols na final contra o México, em Guayaquil.

Os fracassos argentinos são marcados, sobretudo, por derrotas em decisões. Em 1995, a Dinamarca venceu a Argentina por 2 a 0 na final da Copa das Confederações. Dez anos depois, foi a vez do Brasil derrotar os argentinos na decisão, com direito a um placar de 4 a 1.

Na Copa América, os carrascos foram Brasil e Chile - e as decisões por pênaltis. Em 2004, a seleção brasileira ergueu a taça após derrotar os argentinos nas penalidades, assim como fizeram os chilenos em 2015 e 2016. Em 2007, os brasileiros venceram os rivais por 3 a 0 na final.

Na Copa do Mundo 2014, a Argentina perdeu para a Alemanha no Maracanã, numa partida que se encaminhava para os pênaltis. Götze, no entanto, marcou o gol do tetra mundial alemão no segundo tempo da prorrogação.

A Argentina ocupa a última colocação do Grupo B da Copa América. A Colômbia é líder, com três pontos. Paraguai e Qatar somam um ponto cada. Na última rodada, os argentinos enfrentam os catarianos. O duelo será no próximo domingo (23), às 16h (horário de Brasília), em Porto Alegre, na Arena do Grêmio.

FICHA TÉCNICA

ARGENTINA x PARAGUAI

Data: 19 de junho de 2019, quarta-feira
Horário: 21h30 (horário de Brasília)
Competição: Copa América
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Brasil)
Assistentes: Marcelo Van Gasse e Rodrigo Corrêa (ambos do Brasil)

ARGENTINA: Armani; Casco, Pezzella, Otamendi e Tagliafico; Roberto Pereyra, Paredes, Lo Celso e Rodrigo De Paul; Messi e Lautaro Martínez. Técnico: Lionel Scaloni

PARAGUAI: Gatito Fernández; Escobar, Balbuena, Gustavo Gómez e Alonso; Rojas, Sánchez, Derlis González, Romero e Almirón; Óscar Cardozo. Técnico: Eduardo Berizzo

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