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Djokovic mira estratégia de Federer em busca de recorde em Grand Slams

Djokovic é cotado para se tornar o recordista de Slams - SUSANA VERA/REUTERS
Djokovic é cotado para se tornar o recordista de Slams Imagem: SUSANA VERA/REUTERS
do UOL

Rubens Lisboa

Do UOL, em São Paulo

25/05/2019 04h00

Atual número 1 do mundo no tênis, o sérvio Novak Djokovic completou 32 anos na última semana com o questionamento sobre se conseguirá alcançar Roger Federer, 37, e se tornar o maior vencedor de títulos de Grand Slam do tênis, considerando os números de ambos e a estratégia adotada por ele, seguindo a linha do recordista.

Com mais um título no Aberto da Austrália deste ano, o sérvio baixou a diferença para cinco, alcançando os 15 troféus contra 20 do suíço. Desde 2015, Djokovic tem conquistado pelo menos dois rand Slam por ano - exceto em 2017, quando jogou apenas metade da temporada.

Tricampeão de Roland Garros, Gustavo Kuerten vê Djokovic com boas chances em Paris. Na opinião do catarinense, o líder do ranking tem adotado uma linha semelhante à de Roger Federer, deixando de se desgastar tanto nos torneios inferiores para focar em mais títulos de Grand Slam.

"Ainda enxergo o Djokovic bastante promissor, porque ele entende e está nesse projeto parecido com o do Federer, de mirar Grand Slams, de tirar precisão nas suas aparições", declarou Guga.

Guga e Djokovic - Sergio Moraes/Reuters - Sergio Moraes/Reuters
Imagem: Sergio Moraes/Reuters

Outro que comparou recentemente o foco de Djokovic a Federer foi o polêmico australiano Nick Kyrgios, mas não pelo lado positivo. Embora tenha criticado o sérvio, Kyrgios acredita que ele se tornará o maior campeão de Grand Slams.

"Eu sinto que ele tem uma obsessão doentia em querer ser amado. Ele só quer ser como Roger", declarou Kyrgios ao podcast "No Challenge".

"Honestamente, acho que ele vai passar Federer no número de Grand Slams. Não interessa quantos Grand Slams ele ganhe, ele nunca será o maior de todos os tempos para mim", completou o australiano.

Dono de um histórico respeitável em Paris, com o título vencido em 2016 e outras três finais disputadas, Djokovic não conseguiu passar das quartas de final nas últimas duas edições, justamente depois de ser campeão pela primeira vez em Roland Garros.

Djokovic - Cristophe ena/AP - Cristophe ena/AP
Imagem: Cristophe ena/AP

Em 2017, ele caiu diante do austríaco Dominic Thiem nas quartas de final e na última edição, foi derrotado na mesma fase diante do italiano Marco Cecchinato, a grande zebra do torneio parisiense.

Chama a atenção no desempenho de Djokovic desde o ano passado a sua atuação diante de tenistas dentre os 10 melhores do mundo, ao mesmo tempo em que ele tem se complicado em jogos com adversários inferiores, como o espanhol Roberto Bautista Agut (então 25º), que o derrotou duas vezes, e o alemão Philipp Kohlschreiber (39º), que o tirou do Masters de Indian Wells.

Cabeça de chave número 1 em Roland Garros, Djokovic estreia no torneio contra o polonês Hubert Hurkacz (43º), em duelo inédito no circuito. Sua chave aponta possíveis duelos com o croata Borna Coric, o italiano Fabio Fognini (11º) e o alemão Alexander Zverev (5º). A semifinal seria contra o austríaco Dominic Thiem (4º) - seu algoz em 2017 - ou o argentino Juan Martin Del Potro (9º).

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