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"Fórmula Mercedes" desembarca em Mônaco para a 1ª prova após a morte de Lauda

22/05/2019 11h36

Redação Central, 22 mai (EFE).- O Campeonato Mundial de Fórmula 1 chega a sexta etapa neste fim de semana, com o mítico Grande Prêmio de Mônaco, em que a Mercedes buscará manter o domínio absoluto na temporada, em que alcançou seis dobradinhas e tem o britânico Lewis Hamilton na liderança entre os pilotos, com 112 pontos.

A escuderia alemã ocupou as duas primeiras posições em todas as provas de 2019, algo inédito em início de ano. Se repetir o feito nas ruas de Monte Carlo, se tornará a equipe com maior número de 1-2 consecutivos, superando as marcas estabelecidas pela Ferrari, de 1952 e 2002, e pelo próprio time prateado, em 2014 e 2016.

Até esse momento da competição, Hamilton tem três vitórias, no Bahrein, China e Espanha, e o finlandês Valtteri Bottas, também da Mercedes, ganhou na Austrália e Azerbaijão. O piloto nórdico, dessa forma, aparece com 105 pontos, 17 atrás do companheiro.

No Mundial de Construtores, a supremacia do time prateado é ainda maior, já que são 217 pontos, já que além dos 215 pelos dois primeiros lugares das cinco etapas iniciais, ainda foram conquistados dois pontos extras por voltas mais rápidas, um por cada piloto.

Se o momento dentro das pistas é muito positivo, fora delas a Mercedes sofreu um duro golpe nesta semana, pois nesta segunda-feira morreu o austríaco Niki Lauda, tricampeão mundial de Fórmula 1 em 1975, 1977 e 1984, e diretor não-executivo da escuderia.

O dono de 10% das ações do time havia se submetido a um transplante de pulmão há oito meses e ficou um longo período no hospital. Em janeiro deste ano, o ex-piloto voltou a ser internado por uma gripe contraída ainda no Natal que passou em Ibiza, na Espanha. Na segunda-feira, a família informou a morte.

"Como companheiro durante os últimos seis anos e meio, Niki sempre foi brutalmente honesto e completamente leal. Sempre que andava por Brackley e Brixworth (sedes da equipe) ou dava um de seus famosos discursos de motivação, trazia uma energia que ninguém mais poderia trazer", disse o diretor-executivo da Mercedes, Toto Wolff.

A organização do Grande Prêmio de Mônaco e os dirigentes da Fórmula 1 ainda não divulgaram detalhes sobre possiveis homenagens que podem ser feitas a Lauda neste domingo, no circuito em que o austríaco venceu duas vezes, em 1975 e 1976.

As duas vitórias do tricampeão foram a bordo de uma Ferrari, escuderia que ainda tenta se encontrar na temporada 2019, já que os melhores resultados obtidos são três terceiros lugares, dois do alemão Sebastian Vettel e um do monegasco Charles Leclerc, quarto e quinto, respectivamente, no Mundial de Pilotos.

Com isso, os dois pilotos estão atrás do holandês Max Verstappen, da Red Bull, que tem 66 pontos, 39 a menos que Bottas. O jovem piloto, inclusive, espera que o time anglo-austríaco repita o desempenho em Mônaco do ano passado, quando o australiano Daniel Ricciardo foi o primeiro a cruzar a linha de chegada.

A corrida deste fim de semana será especial também para o finlandês Kimi Raikkonen, da Alfa Romeo, que alcançará a marca de 300 largadas. O veterano, de 39 anos, que venceu nas ruas de Monte Carlo em 2005, é quinto do ranking de participações.

Na frente do "Homem de Gelo" estão o brasileiro Rubens Barrichello, com 323 Grandes Prêmios disputados; o espanhol Fernando Alonso, com 312; o alemão Michael Schumacher, com 307; e o britânico Jenson Button, com 306.

As atividades para o GP de Mônaco, diferentemente do que acontece nas outras etapas, começa nesta quinta-feira, com os dois primeiros treinos livres, às 6h e às 10h (de Brasília). No sábado, depois do TL3, a definição do grid de largada começará às 10h. No domingo, a prova terá início às 10h10. EFE

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