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Griezmann pede fim da homofobia no futebol: "É inaceitável"

Griezmann acertou belo chute no duelo entre França e Moldávia - REUTERS/Valentyn Ogirenko
Griezmann acertou belo chute no duelo entre França e Moldávia Imagem: REUTERS/Valentyn Ogirenko

21/05/2019 17h50

Antoine Griezmann pediu o fim da homofobia no futebol. O atacante falou sobre o tema em entrevista à revista Têtu, que será publicada amanhã.

"A homofobia não é uma opinião, é um crime. E, agora, se um jogador disser palavras homofóbicas no campo de jogo, acho que eu pararia a partida. Isso precisa mudar", afirmou o jogador em longa entrevista ao veículo que se define como "a revista dos gays e das lésbicas".

"É verdade que os estádios não são lugares muito acolhedores para os homossexuais. Há alguns cantos homofóbicos... Nesses tempos, isso é inaceitável. Acabamos todos pagando por esta agressividade", completou o jogador de 28 anos.

"Se um jogador gay deseja anunciar que é homossexual, talvez não terá todos os jogadores da seleção francesa a seu lado, mas eu estarei", garantiu.

"Os dirigentes dos clubes, da federação francesa de futebol e da liga também devem levar esse tema a sério. O futebol é um esporte bonito. Não pode ter essa imagem homofóbica. Mas é mais profundo do que isso. Há algumas semanas me tornei pai pela segunda vez. Cabe a nós, os pais, educar nossos filhos para que cresçam em um mundo menos homofóbico e menos sexista", analisou o atacante.

Griezmann também falou de pessoas próximas, de seu círculo de amizade, que "são homossexuais ou lésbicas, começando por meu cozinheiro. Conversamos frequentemente sobre ele, seus amores, sua vida. É um tema banal lá em casa. Ele é como eu, não importa o que os outros pensem".

Griezmann afirmou ter consciência de que tem fãs gays. "Isso é fantástico. Quanto mais fãs tenha, mais feliz estou. Me sinto totalmente cômodo com esta ideia", respondeu.

Não é a primeira vez que Griezmann critica abertamente a homofobia. Seu companheiro de seleção francesa, o meia Paul Pogba, também já tomou a palavra em público para pedir respeito pelos homossexuais no futebol.

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