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Quem é o político que levantou a taça do Paulistão ao lado de Cássio

Corinthians comemora com senador Major Olímpio (de amarelo) e deputado estadual Cauê Macris (que ergue a taça com Cássio) - PETER LEONE/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Corinthians comemora com senador Major Olímpio (de amarelo) e deputado estadual Cauê Macris (que ergue a taça com Cássio) Imagem: PETER LEONE/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

22/04/2019 14h10

Três vezes deputado estadual pelo PSDB e eleito presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) há pouco mais de um mês. Foi por meio desse "currículo" que Cauê Macris conseguiu dividir o troféu de campeão paulista com o goleiro Cássio na festa do título do Corinthians, após vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo.

A reportagem do UOL Esporte entrou em contato com a assessoria de imprensa do deputado para saber os motivos de participar de forma tão ativa da entrega da taça e das medalhas.

A justificativa foi que Cauê era a "maior autoridade no estádio" e "deu sorte" de o Corinthians ter conquistado o título em Itaquera, porque ele é um corintiano fanático - ele chegou a celebrar o momento nas redes sociais.

A assessoria frisou ainda que Cauê foi convidado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) e também participou da festa corintiana na conquista do estadual do ano passado, depois de vitória sobre o Palmeiras no Allianz Parque - naquele dia, o então governador Márcio França entregou a taça a Cássio, sem levantá-la.

Cauê tem 36 anos e iniciou a carreira política em Americana, no interior de São Paulo. Depois de dois mandatos como vereador, ele se elegeu deputado estadual nas eleições de 2010, com quase 67 mil votos - foi reeleito em 2014 com 121 mil votos (nas últimas eleições, recebeu 114 mil).

No dia 15 de março passado, Cauê foi eleito presidente da Alesp com 70 votos. Na ocasião, ele derrotou a deputada Janaína Paschoal, do PSL, que teve 16. Monica Seixas (PSOL) e Daniel José (Novo) somaram quatro votos cada.

A reportagem do UOL Esporte também procurou o Corinthians. O clube disse que a FPF é a responsável pela festa do título e não tem controle sobre os convidados. Cássio também falou sobre o fato.

"Só vi que tinha uma pessoa puxando a taça, e eu puxava para erguer e tinha uma pessoa. Eu não sabia. Geralmente eles me dão a taça e eu ergo. Mas eu não sabia quem era. Vi depois que era um político, li em algum site. O que interessa é que o Corinthians foi campeão, todo mundo ergueu a taça e saiu feliz da Arena", disse o goleiro corintiano.

Além de Cauê, outros dois políticos apareceram ao lado de Cássio, cobrindo até mesmo jogadores e membros da comissão técnica. São eles: Major Olímpio, senador eleito pelo PSL de São Paulo, e Aildo Rodrigues, Secretário de Esportes do Governo João Doria.

Ontem, Mauro Silva, dirigente da entidade, não quis comentar o assunto. Segundo apurou o UOL Esporte, a FPF costuma trazer mais medalhas para as premiações para que todos os integrantes do elenco a recebam. Ainda de acordo com a apuração, o Corinthians não sabia explicar como o Major apareceu na premiação

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