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Amor verde e branco: torcedora pede namorado em casamento durante jogo

Pedido de casamento de torcedora do Coritiba em jogo no Paranaense 2019 - Arquivo pessoal
Pedido de casamento de torcedora do Coritiba em jogo no Paranaense 2019 Imagem: Arquivo pessoal
do UOL

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/03/2019 16h22

Não importa a fase, o amor é o mesmo. A fase do Coritiba, porque a do relacionamento entre a consultora de vendas Dayana Brasil, 25 anos, e o micro-empresário Rafael de Oliveira, 32, está em grande momento. Conhecido como "Cabeça", o namorado de Dayana é vice-presidente da organizada "Império Alviverde" e foi surpreendido por um pedido de casamento em pleno estádio, durante o empate do Coxa com o Rio Branco de Paranaguá, 1 a 1, ontem (24).

Coxa casal - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Dayana pediu Rafael em casamento: Duende amoleceu o coração
Imagem: Arquivo pessoal

"Fiquei surpreso por ser no jogo, mas foi legal. A gente se conheceu por lá mesmo, está em todos os jogos, viajamos bastante, conhecemos uma boa parte do Brasil indo aos jogos. Ela ajuda nas ações sociais da torcida. O Coritiba a gente vive o dia a dia", disse ele. "Ele ficou morrendo de vergonha, chorou bastante", brincou Dayana, que está com Rafael há sete anos.

A má fase do time (nem tanto neste estadual, no qual é líder do Grupo B) ou mesmo a demonstração pública de afeto não são nada perto do drama recente vivido por Cabeça. "Ano passado ele sofreu um grave acidente de moto e teve que amputar uma das pernas", contou Dayana. Nesse período, Rafael ficou longe do Coxa, mas não de Dayana. "Acompanhei conforme dava. E cinco dias depois do hospital, já estava no jogo. Fui criado no estádio com o meu pai e a vida toda lá dentro. Fiquei quatro meses internado. Mas graças a Deus estamos seguindo em frente."

Coxa Casal 2 - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Casal se beija no Couto Pereira após superar drama de Rafael
Imagem: Arquivo pessoal

Enquanto Rafael ainda procura uma prótese, o.acidente segue em debate na Justiça. "Um cara que estava de automóvel deu de frente comigo. Ele invadiu a minha pista. Não sei se quebrou o carro, se dormiu... não sei", relembra ele. O motorista do automóvel não estava alcoolizado, segundo exame de bafômetro. "Ela me acompanhou o dia a dia no hospital. Tanto ela quanto o pessoal da torcida, que fez campanha de doação de sangue, eventos para arrecadar fundos pra ajudar com medicamentos". Nesse período, Dayana fomentou a ideia que mexeu com os coxas-brancas que foram ao jogo. "Foi uma iniciativa minha para que a gente vá ao altar", disse, rindo.

O pedido poderia ter sido feito no gramado, mas acabou sendo mesmo na arquibancada em que a Império fica. "Não tivemos a liberação do presidente (Samir Namur, do Coritiba), ele disse que a Federação não liberaria. E eu não insisti. A piazada da torcida acabou invadindo o CT e isso causaria um conflito, teve gente que disse ele estaria junto (nessa invasão)", explicou ela - recentemente, um grupo de torcedores da Império invadiu o CT e cobrou a direção, comissão técnica e jogadores do Coritiba; Namur é um notório torcedor de arquibancada que assumiu a direção do clube em 2018.

Tudo foi armado para que Rafael não notasse nada. "Os meninos do material entraram com o banner, a aliança ficou com uma amiga da bateria. A família, que não vai no jogo, foi escondida", contou Dayana. O esforço compensou: Rafael disse sim. O casamento ainda está sem data. Mas já é certo que serão duas festas: uma com a torcida, e outra com a família. "Os atleticanos só na festa da família!", disse ele, rindo.

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